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Hipertensão Arterial Sistêmica — Hospital Português da Bahia

3 de abril de 2014

 Dr. Alexsandro Alves Fagundes*

A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma condição clínica, de grande prevalência na população em geral e que representa importância como fator de risco para complicações vasculares como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, insuficiência renal com necessidade de diálise, entre outras.

Como fator de risco cardiovascular de alta prevalência, a sua prevenção é recomendada para todas as pessoas e inclui medidas não medicamentosas de aplicação universal, como: alimentação saudável com limitação do insumo excessivo de álcool e sódio, aumento da ingestão de alimentos ricos em potássio, combate ao tabagismo e ao sedentarismo.

O diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica passa pela confirmação das medidas, em pelo menos três ocasiões diferentes, com valores acima de 140 x 90 mmHg (14 por 9 como se diz na linguagem coloquial). Não se pode confirmar que uma pessoa seja hipertensa baseada apenas em uma medida de pressão. Há que se confirmar esse achado em ocasiões diferentes com pelo menos uma semana de intervalo, a depender da medida encontrada.  Eventualmente, podem ser necessárias medidas adicionais de pressão domiciliar ou a realização de exame de monitorização ambulatorial da pressão (MAPA) para que se confirme o diagnóstico.

O tratamento da Hipertensão Arterial envolve medidas não medicamentosas e o uso de medicações específicas. Em casos leves, é possível se conseguir um controle adequado apenas com a mudança dos hábitos de vida. Uma redução de 10 kg de peso, por exemplo, pode estar relacionada com a redução de até 20 mmHg na pressão sistólica.

O principal objetivo no tratamento é reduzir a pressão a níveis compatíveis com a redução de risco de complicações vasculares. Isto significa manter a pressão abaixo de 140 x 90 mHg e, em recomendação mais recente, no caso das pessoas acima de 60 anos, manter abaixo de 150 x 90mmHg. Para isso, o médico clínico deve julgar a necessidade de ajuste de medicamentos, bem como as mudanças de hábitos de vida.

Controlar a pressão arterial é tarefa importante e todo profissional de saúde pode contribuir de maneira educativa, detectando ou ajudando no tratamento desse que é um dos principais fatores de morbidade e mortalidade em nosso meio.

* Especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela USP, especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), membro habilitado do departamento de Estimulação Cardíaca Artificial da SBCCV/SBC e da Câmara Técnica de Cardiologia do CREMEB. Atende no Serviço de Arritmia do Hospital Português e no Centro Médico Hospital Português.