Protocolos Gerenciados reforçam segurança do paciente no HP
03 July 2015
Os Protocolos Gerenciados são diretrizes assistenciais que monitoram continuamente os indicadores de qualidade da prática clínica, visando garantir segurança e qualidade na assistência ao paciente. O Hospital Português é uma das instituições pioneiras na Bahia na implantação dessas ferramentas de gestão e, atualmente, possui três Protocolos Gerenciados para monitoramento da sua assistência e avaliação de resultados: Protocolo de Sepse, Protocolo de Dor Torácica e Protocolo de Prevenção de Tromboembolismo Venoso – TEV. De acordo com a equipe de Auditoria Clínica* do Hospital Português estas ferramentas estão baseadas em condutas de saúde validadas e têm contribuído para sistematizar a atuação no atendimento ao paciente, orientando o trabalho padronizado de profissionais qualificados na assistência e minimizando a variação de cuidados especializados. Os pacientes inseridos nestes Protocolos têm comprovadamente melhores resultados, como redução de mortalidade e de permanência hospitalar.
Protocolo de Sepse
Popularmente conhecida como “infecção generalizada”, a Sepse é uma resposta inflamatória sistêmica do organismo a um processo infeccioso e representa a principal causa de morte nas UTI’s, sendo um importante fator de mortalidade hospitalar tardia. Para controlar situações desse tipo o HP criou a “Rota Sepse”, na qual os pacientes internados são monitorados de perto por enfermeiros, médicos, farmacêuticos, equipe do Laboratório de Análises Clínicas, equipe da CCIH, entre outros profissionais. A execução desse Protocolo envolve toda a equipe assistencial do HP e tem alcançado metas favoráveis graças ao empenho e sensibilização constante de todo corpo clínico. Hoje, a Instituição possui taxa de mortalidade (indicador principal neste Protocolo) inferior às metas do Instituto Latino Americano de Sepse – ILAS, organização que compara o desempenho nessa área dos hospitais da América Latina. O Protocolo de Sepse também tem permitido identificar áreas em desalinho com suas diretrizes e corrigir condutas quando necessário.
Protocolo de Dor Torácica
Buscando instituir ações para a rápida identificação e atendimento de pacientes com quadro de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e outras Síndromes Coronarianas Agudas, o HP criou o Protocolo de Dor Torácica baseado em diretrizes brasileiras e internacionais. Desde então, a ferramenta tem norteado o gerenciamento dessas situações, permitindo a sinalização das equipes e o desencadeamento de uma série de condutas conforme o nível de gravidade. Nesses casos, o tempo é fator determinante para a preservação do músculo cardíaco, logo a assistência sistematizada é essencial para resultados eficientes. O Protocolo permite ainda gerar relatórios para avaliação de cada etapa do processo, possibilitando checar o desempenho e aprimorar resultados.
Protocolo de Prevenção de TEV
O termo Tromboembolismo Venoso – TEV engloba a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), complicações que podem ocorrer no paciente internado, mas que podem ser prevenidas. O TEV pode ser de extrema gravidade e até fatal, tornando de suma importância a criação de um Protocolo que visa prevenir essa complicação. Baseado em diretrizes nacionais e internacionais o HP criou o Protocolo de Prevenção de TEV com os objetivos de identificar e estratificar os riscos para sua ocorrência, além de recomendar métodos que orientem a sua profilaxia (prevenção) nos pacientes internados. A avaliação desse risco é de responsabilidade interdisciplinar, pois todo o esforço deve ser feito para que a implementação da profilaxia correta seja adotada. Resultados recentes têm demonstrado baixa incidência de TEV nos pacientes internados no HP e altas taxas de efetividade na prevenção desta situação.
* Atualmente, a Auditoria Clínica do Hospital Português é composta pela enfermeira Camila das Neves Santana e pela médica Andréa Yuki Veiga.