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Saúde do coração — Hospital Português da Bahia

8 de março de 2018

Saúde do coração

08 March 2018

coraçãoManter um estilo de vida saudável, assim como, consultar o médico cardiologista uma vez por ano, são atitudes que podem elevar bastante as chances de evitar, e tratar precocemente, as doenças do coração. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC, os problemas cardiovasculares, aqueles que afetam o coração e o sistema circulatório, são as principais causas de mortalidade no Brasil, sobretudo, em mulheres. A SBC juntou no site www.cardiometro.com.br os diferentes indicadores do país, nesse âmbito, com o objetivo de chamar a atenção para a gravidade de tais problemas. Coordenador da Unidade de Pós-Operatório Cardiovascular do Hospital Português (UPC), Dr. Maurício Nunes avalia as campanhas educativas como essenciais para uma mudança de comportamento na população. Nesta entrevista, o médico fala sobre como uma vida saudável beneficia o coração, os avanços da cardiologia nessa área, dentre outros aspectos. Confira!

1.     O que é preciso fazer para manter o coração saudável? 

Estudos mostram um aumento crescente na expectativa de vida da nossa população e o consequente surgimento de doenças associadas ao envelhecimento. Por outro lado, os estudos também revelam que muitas doenças estão associadas ao estilo de vida. Esse conhecimento nos torna capazes de eliminar muitos  fatores de risco evitáveis para as doenças cardiovasculares e contribuir, significativamente, para minimizar as chances de adoecimento do coração. Assim, evitar comportamentos prejudiciais à qualidade de vida (tabagismo, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas, sobrepeso, estresse, má alimentação) se torna tão importante quanto controlar a pressão arterial, o colesterol, a glicose no sangue e consultar um cardiologista anualmente para fazer exames de rotina. Entender que esses fatores estão interligados e influenciam diretamente a saúde, especialmente, à medida que envelhecemos, é o primeiro passo para uma mudança de atitude.

2.     Segundo pesquisas, as mulheres são as principais vítimas de infartos no país. Por quê? 

A mulher conquistou inúmeros espaços na sociedade, mas esse desempenho trouxe também uma sobrecarga de papeis e estresse.  Outro fator relevante para a saúde cardíaca feminina é a menopausa. As alterações hormonais  desse período, quando associadas ao histórico familiar de problemas cardíacos e descontrole dos fatores de risco, aumentam as chances de infarto. Vale lembrar que, o uso de pílula anticoncepcional, associado ao tabagismo é outro agravante.

 

3. O estresse está relacionado ao surgimento de doenças cardiovasculares. Que orientações o senhor dá para quem enfrenta uma rotina estressante? 

A melhor forma de prevenir o estresse é adotar uma rotina saudável. Praticar atividade física regularmente melhora o estado geral da saúde, a qualidade do sono, as sensações de bem-estar e relaxamento. Do mesmo modo, manter boas relações sociais e familiares, dedicar tempo às atividades de lazer, cultivar boas emoções, ter refeições equilibradas no dia a dia e tentar evitar a exposição aos fatores que causam ansiedade e estresse. Se preciso, deve-se buscar ajuda profissional especializada para restabelecer a saúde mental.

4.     Como a Cardiologia tem avançado no tratamento dos principais problemas que afetam a nossa população?  

O maior conhecimento científico sobre as diferentes doenças do coração, além da introdução de avançadas tecnologias na Medicina, tem proporcionado grande êxito na prevenção e no tratamento das afecções cardíacas. Hoje, dispomos de profissionais experientes e preparados nas diversas subespecialidades cardiológicas, recursos diagnósticos e terapêuticos que oferecem extrema precisão em procedimentos minimamente invasivos ou de alta complexidade. Essa é uma realidade presente em instituições de referência em Cardiologia, como o Hospital Português, que é o pioneiro nessa área na Bahia, tendo infraestrutura assistencial completa: ambulatórios cardiológicos no Centro Médico HP, serviços especializados (Ecocardiografia, Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Arritmia e Eletrofisiologia, Eletrocardiografia), equipes especializadas em Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Vascular e Endovascular, Neurorradiologia, Cardiologia e Radiologia Intervencionista, além de unidades exclusivas de Cardiologia Intensiva – Unidade Coronariana (UCO) e Unidade de Pós-operatório de Cirurgia Cardiovascular (UPC).

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