Artigo Científico: Histerectomia Vaginal na Ausência de Prolapso — Hospital Português da Bahia
6 de agosto de 2004
Artigo Científico: Histerectomia Vaginal na Ausência de Prolapso
06 August 2004
As técnicas convencionais incluem a abertura da parede abdominal para acessar o órgão e extirpá-lo. A histerectomia vaginal na ausência de prolapso consiste na retirada do útero pela via vaginal, sem incisão abdominal e sem a paciente apresentar prolapso uterino. Vale ressaltar que, no passado recente, a histerectomia vaginal apenas era realizada em casos de procidência uterina.
As indicações da histerectomia vaginal sem prolapso são as mesmas para histerectomia abdominal, exceto as ampliadas para patologias malignas. Contudo, alguns autores indicam a histerectomia vaginal sem prolapso para casos de carcinoma microinvasor do colo uterino com resultados satisfatórios. As contra-indicações são em pacientes que foram submetidas a histeropexia abdominal em decorrência da fixação do útero na aponeurose e nos casos de endometriose severa com obliteração do fundo de saco posterior, devido as dificuldades técnicas.
As vantagens da histerectomia vaginal são: menor tempo cirúrgico, pequena abertura peritonial, pós-operatório menos doloroso, menor tempo de internação, retorno mais rápido às atividades habituais, ausência de cicatriz abdominal, menor incidência de complicações, além da possibilidade de correção de defeitos do assoalho pélvico concomitante e pela mesma via.
A histerectomia vaginal na ausência de prolapso pode ser realizada em regime ambulatorial em hospital-dia, mas é necessário que critérios rigorosos de seleção das pacientes sejam cumpridos.
Na atualidade, a histerectomia vaginal na ausência de prolapso é a técnica Gold-Standard, para realização de histerectomia. Isto é, a primeira escolha dentre todas as técnicas. Os avanços em cirurgia ginecológica fizeram surgir nos últimos anos uma tendência internacional das cirurgias ginecológicas minimamente invasivas, que exigem habilidades cirúrgicas, técnicas operatórias delicadas e material específico com a finalidade de solucionar as patologias cirúrgicas com menor morbidade e menores índices de complicações. As cirurgias ginecológicas minimamente invasivas incluem: a histerectomia vaginal na ausência de prolapso uterino, minilap para úteros gigantes, histeroscopia e laparoscopia.
Desde 2001, vem sendo realizada com sucesso no Hospital Português a histerectomia vaginal na ausência de prolapso com extirpação de úteros volumosos.
* Dr. José Carlos Macedo Monteiro é Ginecologista e Obstetra, Cirurgião Ginecológico e Preceptor da disciplina de Cirurgia Ginecológica e Uroginecologia da Residência Médica de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santo Antônio.
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As técnicas convencionais incluem a abertura da parede abdominal para acessar o órgão e extirpá-lo. A histerectomia vaginal na ausência de prolapso consiste na retirada do útero pela via vaginal, sem incisão abdominal e sem a paciente apresentar prolapso uterino. Vale ressaltar que, no passado recente, a histerectomia vaginal apenas era realizada em casos de procidência uterina.
