25 de setembro de 2004
Artigo Científico: Cirurgia Videoendoscópica para Rejuvenescimento Facial
25 September 2004
Sabemos que o processo de envelhecimento é inexorável e contínuo, e difere de cada pessoa, assim como de sexo e raça. Um dos sinais mais marcantes é a queda do supercílio, concomitantemente queda das pálpebras superiores. Existe também uma relativa inércia da musculatura ao nível da região malar e pálpebra inferior, com acúmulo de gordura na região mandibular (bolsas gravitacionais), tornando o rosto com a forma quadrada.
Na cirurgia convencional da face, fazemos uma incisão ao nível da região frontal (couro cabeludo) prolongando-se pela frente e atrás da orelha. Descolamos o retalho ao nível do tecido celular subcutâneo, retirando o excesso de pele, portanto superficial.
Na cirurgia videoendoscópica da face, utilizamos pequenos cortes no couro cabeludo, e através do aparelho de videoendoscopia, realizamos o descolamento no plano profundo, fazendo a suspensão da pele e músculo, em bloco, recolocando os tecidos que migraram pela ação da gravidade, devolvendo a forma ovalada apanágio das faces jovens.
As vantagens dessa técnica são a ausência de grandes cicatrizes visíveis, um menor sangramento, além de retorno precoce às atividades profissionais e um aspecto muito mais natural ao rosto.
Comparativo:
– Ritidoplastia – Indicada para pacientes com idade acima de 50 anos, que normalmente apresentam uma flacidez total de toda a face, incluindo a região cervico-facial (“papadas”). Existe um deslocamento da musculatura da face, que leva consigo a pele e sub-cutâneo. A cirurgia deixa cicatrizes na região temporal, pré-auricular e retro-auricular que, embora de boa qualidade e, às vezes, impercepta, preocupa principalmente o sexo masculino. Abrange mais os tecidos superficiais e pode ser realizada em qualquer hospital ou clínica.
– Cirurgia videoendoscópica da face – Indicada para pacientes na faixa etária abaixo dos 50 anos, que apresentam envelhecimento, principalmente, da região frontal e andar médio da face, verificando-se queda do supercílio e das pálpebras superiores e inferiores, com a visível e incômoda “olheira”. É usada preferencialmente para tratamento do andar superior e médio da face e não deixa cicatrizes visíveis pois os cortes são realizados no couro cabeludo e pálpebra inferior, ficando, portanto, camufladas. Apresenta custo mais elevado em relação à ritidoplastia, pois, além do aparelho de vídeo, necessita de pequeno fixador, chamado de “endotine”, que tem como função manter posicionada a região frontal (testa) em sua nova posição.
Dr. Ivan Tavares, membro titular e Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e profissional do Centro Médico Hospital Português