18 de janeiro de 2006
Obesidade
18 January 2006
Fruto da interação de fatores genéticos, ambientais, sociais e comportamentais, a obesidade pode ser causada por distúrbio nutricional, sedentarismo, alterações endócrinas ou causas genéticas. Independente disso, o ganho de peso está sempre associado ao aumento da ingestão alimentar e à redução do gasto energético correspondente a essa ingestão, ou seja, o obeso ingere mais calorias do que gasta.
O excesso de peso geralmente não provoca sintomas diretos, exceto quando atinge valores extremos, mas a obesidade é o principal fator de risco para uma série de distúrbios ou doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, apnéia do sono, esteatose hepática, artropatia (dor nas articulações) e doenças cérebro-vasculares. O obeso mórbido apresenta risco de morte dez vezes maior que uma pessoa com peso normal e também tem a expectativa de vida reduzida em 20%.
Para saber o nível de obesidade, o método mais utilizado é o cálculo do I.M.C. (Índice de Massa Corporal). O cálculo é feito através da divisão do peso da pessoa (em quilos) pela sua altura (em metros) ao quadrado, ou seja, peso / altura x altura. Com o resultado em mãos, é só conferir na tabela as diferentes categorias de obesidade:
IMC | Resultado |
20 – 25 | NORMAL / SAUDÁVEL São pessoas sem problemas de obesidade. |
26 – 30 | SOBREPESO Pessoas com risco pequeno de adquirir doenças associadas. |
31 – 35 | OBESIDADE LEVE O risco de adquirir doenças ligadas a obesidade começa a aumentar. |
36 – 40 | OBESIDADE MODERADA. Nesta faixa de peso, os riscos de doenças associadas é bem maior. |
Acima de 40 | OBESIDADE MÓRBIDA Peso que implica em sérios riscos de doenças associadas à obesidade. |
Tratamento
O tratamento da obesidade envolve reeducação alimentar, aumento da atividade física, acompanhamento psicológico e, eventualmente, o uso de medicamentos auxiliares e intervenções cirúrgicas. Os casos mais graves devem ser acompanhados por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões, endocrinologistas, cardiologistas, nutricionistas e psicoterapeutas.
De qualquer maneira, o ideal é procurar um médico, antes mesmo de atingir um nível elevado de obesidade, e fugir de dietas e remédios milagrosos, apostando numa alimentação saudável e na atividade física constante. Para tratar a obesidade mórbida, a saída são as cirurgias bariátricas, que consistem em reduzir a ingestão de alimentos, alterar o tamanho do estômago ou o caminho da comida pelo intestino. Em geral, 95% dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico conseguem não apenas perder peso, como também mantê-lo.
Procedimento | Vantagens | Desvantagens |
Balão Intragástrico – consiste numa prótese de silicone que é colocada temporariamente dentro do estômago. Esta técnica é utilizada em pacientes super-obesos que precisam perder peso antes de se submeter a uma cirurgia. |
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Cirurgia de Fobi-Capella – a técnica, uma das mais realizadas, restringe a capacidade de ingerir grande quantidade de alimentos ou de ingeri-los rapidamente, além de diminuir a absorção de calorias e o apetite. |
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Cirurgia de Scopinaro – uma combinação de técnicas restritiva e absortiva, o procedimento reduz o tamanho do estômago em até 50%. |
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Banda Gástrica – técnica puramente restritiva onde uma espécie de cinta envolve o estômago, dividindo-o em duas partes, sendo que a parte superior é muito pequena, dando rapidamente a sensação de saciedade. |
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Previna-se:
Fonte: Site do Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade – www.ntco.com.br