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Cirurgia Cardíaca no idoso — Hospital Português da Bahia

14 de setembro de 2006

Cirurgia Cardíaca no idoso

14 September 2006

Cirurgia Cardíaca no idosoEstatísticas demográficas apontam que, em todo mundo, houve o crescimento da população com idade acima dos setenta anos, considerada a “terceira idade” ou a “melhor idade”, e um aumento da expectativa de vida nos idosos.

Com o desenvolvimento de novos cuidados nas mais diversas áreas da medicina,  novas tecnologias medicamentosas e do arsenal terapêutico em cardiologia, o Hospital Português oferece tratamento seguro e com elevada especificidade nos pacientes com doenças cardíacas graves.

O cirurgião cardiovascular, Dr. Wanewman Andrade, destaca que as doenças complexas do coração impõem uma limitação aos idosos ativos, acostumados a fazer atividades no cotidiano ou mesmo comandar empresas. “Nestes casos, é imperativo medidas que restituam a qualidade de vida e possibilitem uma vida normal”, afirma.

Renascimento da cirurgia cardiovascular

Há dois anos, foi iniciado no Hospital Português um projeto arrojado para o desenvolvimento da cirurgia cardiovascular, especialmente para o atendimento dos pacientes com maior grau de complexidade. Cirurgias consideradas de alto risco, tais como a reconstrução do arco aortico, começaram a ser realizadas com maior freqüência pela equipe de cirurgia cardiovascular do Hospital composta pelos médicos Drs. Wanewman Andrade, Luciano Rapold, Leonardo Fausino e pelo cardiologista clínico Maurício Nunes.

Para isso, foram realizados investimentos em tecnologia de ponta, permitindo os mais diversos procedimentos dentro desta especialidade visando resultados mais efetivos e seguros.

Desde o início das atividades, em janeiro de 2004, até o mês de setembro, foram submetidos à cirurgia cardíaca cerca de 100 pacientes com idade superior a 70 anos. “A qualidade de vida deve ser um indicador importante na avaliação da eficácia que qualquer procedimento cirúrgico, particularmente nos pacientes idosos, nos quais as intervenções devem buscar uma melhora da independência funcional”, avalia Dr. Wanewman.

Ao longo desses anos, as mais diversas patologias foram tratadas, desde cirurgias de válvulas, às cirurgias mais complexas como a correção das dissecções da aorta e cirurgias das artérias coronárias associadas às doenças valvulares, como também aos aneurismas do ventrículo esquerdo.

Os novos métodos cirúrgicos foram criados para que os pacientes  pudessem ser operados sem a necessidade de circulação extracorpórea, ou seja, sem alterar a fisiologia natural do coração e pulmão, o que muitas vezes pode trazer conseqüências graves para os pacientes.

A equipe de cirurgia cardíaca do Hospital Português é a única na Bahia que opera com a utilização do sistema de miniaturização da circulação extra corpórea, permitindo a realização de cirurgias simples e complexas. “O uso deste sistema diminui a necessidade de utilização de sangue e hemoderivados”, afirma Dr. Rapold.

Três cirurgias complexas em um ano

O médico anestesista, Dr. Oliveiros Guanais, atua no Hospital Português há 40 anos. Mas foi em outubro do ano passado, que ele se internou e passou para a condição de paciente, quando realizou três cirurgias complexas (cardíaca, vascular e intestinal). A primeira cirurgia foi uma revascularização do miocárdio, a segunda foi para colocar uma prótese de substituição para correção de aneurisma de aorta abdominal. Ambas foram feitas pelo Dr. Wanewman Andrade e equipe. A terceira intervenção de alta complexidade foi para corrigir uma aderência da alça intestinal, desta vez, com Dr. Ciro Marinho, cirurgião do aparelho digestivo.

“Estou me recuperando aos poucos, fazendo fisioterapia e caminhadas. Agradeço a equipe pela dedicação e competência”, disse Dr. Oliveiros. 

Unidades Coronariana e de Pós-operatório Cardiovascular

O Hospital dispõe de uma completa estrutura para o diagnóstico e o tratamento das doenças do coração, como é o caso da Unidade Coronariana (UCO), serviço modelo no Norte/Nordeste voltado para o atendimento especializado a pacientes com cardiopatias descompensadas, arritmias, crises hipertensivas, doenças da aorta e pericárdicas, que é coordenada pelo Dr. Péricles Esteves, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Para atender à crescente demanda de pacientes cirúrgicos, em fevereiro de 2004, foi inaugurada a Unidade de Pós-operatório Cardiovascular (UPC), dotada de oito leitos isolados e equipamentos de última geração, além de uma equipe especializada. A assistência  clínica dos pacientes no pós-operatório está sob a coordenação do Dr. Maurício Nunes, e é incrementada pela equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, nutricionistas e fonaudiólogos que juntos fazem a diferença no resultado de um trabalho minucioso, delicado e difícil.
 
Saiba mais
 
O que é o infarto?
É um entupimento agudo de uma artéria do coração por um coágulo, um trombo que se desprende de um ateroma, isto é, de uma placa de gordura que se deposita na parede da artéria e bloqueia a circulação sanguínea. Privada de oxigenação, essa área sofre lesões irreversíveis que caracterizam o infarto do miocárdio. A gravidade desse acidente vascular está proporcionalmente ligada à importância e extensão da musculatura cardíaca que deixou de ser irrigada. Se for uma artéria que irriga uma zona menos expressiva, o infarto trará pequenas conseqüências; se for uma artéria que irriga uma grande área, as conseqüências poderão ser muito sérias.

Quais os principais sintomas do infarto?
O sintoma clássico do infarto é uma dor violenta, pressão na parte anterior do tórax, na altura do esterno, sufocação, suor frio, atordoamento e profundo mal-estar. Se a dor é contínua e nada a alivia, deve-se procurar por ajuda médica imediatamente. Outros sintomas são fenômenos dolorosos prolongados, com irradiação para a mandíbula, costas, braço, ou apenas para a face interna dos braços.

Quais os grupos de riscos?
Obesos, sedentários, Fumantes, hipertensos, diabéticos, pessoas com níveis altos de colesterol, ou com antecedentes de familiares próximos que tenham sofrido infarto antes dos 55 anos constituem grupo de risco e demandam maior cuidado. Por isso, devem ter acompanhamento médico permanente e informações precisas sobre as atitudes a tomar diante de uma situação em que haja possibilidade da ocorrência de infarto.