O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento do câncer de próstata. Por isso, a partir dos 40 anos, o homem deve submeter-se, anualmente, a avaliações urológicas, segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Urologia.
Em consultas de rotina, o urologista deve avaliar antecedentes familiares e médicos, interrogar acerca de queixas urinárias, além de fazer o exame clínico, onde deve constar o exame digital da próstata (toque), no qual investiga alterações no volume e textura da glândula.
Os exames laboratoriais são importantes, principalmente a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico) no organismo. As taxas normais do PSA no sangue variam entre 0 e 4.0 ng/dl (nanogramas por decilitros). Se o PSA estiver elevado, é preciso avaliar a existência de câncer de próstata, mas outros fatores podem causar alteração.
Infecções na próstata, atividade sexual ou a realização do exame digital da próstata, na véspera da coleta de sangue, podem alterar o resultado da dosagem de PSA. Pacientes com diagnóstico de câncer de próstata podem apresentar taxas normais de PSA. Por isso, a visita ao urologista, que avaliará outros fatores, é muito importante.
O câncer de próstata é o que mais mata homens em todo o mundo. A maior incidência da doença é entre 60 e 75 anos. Alguns fatores determinam maior predisposição, como hereditariedade, tabagismo e ingestão exagerada de gorduras.
O tratamento para o câncer de próstata é feito em função do estágio de desenvolvimento da doença. Quando existe o diagnóstico precoce, as chances de cura são muito maiores. Entretanto, a visita regular ao urologista e a realização do exame digital da próstata ainda são tabus para muitos homens.
A próstata é uma das glândulas sexuais do sistema reprodutor masculino, responsável por produzir parte do esperma. A glândula prostática fica abaixo da bexiga urinária, em volta da parte superior da uretra.
(Colaborou: Dr. Maurício Monte, médico do Centro Médico Hospital Português).
Dosagem do PSA auxilia diagnóstico
Cerca de 80% dos pacientes com diagnóstico de câncer de próstata apresentam PSA sérico acima de 4,0 ng/dl, considerado como o valor de corte. Por outro lado, cerca de 85% dos pacientes com hiperplasia benigna da próstata também apresentam valores acima de 4,0 ng/dl. Esses dados, portanto, evidenciam que o PSA total não se trata de um marcador definitivo para ser utilizado isoladamente no diagnóstico do câncer de próstata.
Valores elevados de PSA podem ser verificados em várias condições, nas quais os níveis observados e o tempo de permanência acima do limite podem ser extremamente variados. Ainda que existam diferenças em relação à idade e à raça, aceita-se como intervalo de normalidade até 4,0 ng/dl para o PSA total, estando a probabilidade da existência de câncer com o grau de elevação.
A freqüência com que deve ser realizado o acompanhamento dos níveis do PSA deve estar associada ao controle clínico ao qual o paciente está submetido. Atualmente, o Serviço de Medicina Laboratorial do Hospital Português utiliza o método de eletroquimioluminescência para a determinação do PSA, uma metodologia que garante excelente exatidão e confiabilidade nos resultados obtidos.
Os valores de PSA encontrados em amostras de pacientes através de outras metodologias não podem ser comparados, pois podem originar interpretações médicas errôneas. Durante a monitoração terapêutica, os valores de PSA devem ser confirmados sempre através do mesmo método.
O Serviço de Medicina Laboratorial do Hospital Português é acreditado pela ONA, órgão do Ministério da Saúde que certifica a qualidade dos serviços por ele prestados.
(Colaborou: Dr. Armando Tavares, médico do Serviço de Medicina Laboratorial do Hospital Português).
