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Novas aplicações para a ressonância magnética — Hospital Português da Bahia

11 de dezembro de 2006

Novas aplicações para a ressonância magnética

11 December 2006

Novas aplicações para a ressonância magnéticaOs novos aparelhos geram imagens de alta precisão. Em entrevista ao Jornal Imagem Real, o coordenador médico do Serviço de Bioimagem do Hospital Português, Dr. Magid Abud, fala sobre a evolução dos métodos de diagnóstico por imagem e revela como a Instituição avança nessa área.

Como o senhor avalia a evolução dos métodos de diagnóstico por imagem?

Na atualidade,  verificamos significativos avanços nos equipamentos de diagnóstico por imagem, tais como tomografia computadorizada e ressonância magnética, ultra-sonografia e medicina nuclear. Isso permite que os  profissionais de saúde trabalhem com maior precisão e confiabilidade, na busca pelo diagnóstico cada vez mais precoce. Graças ao avanço tecnológico, as aplicações dos equipamentos de ressonância magnética estão sendo ampliadas em todo o mundo.

O Brasil está bem posicionado em relação ao uso dessas novas tecnologias?

O ano de 2006 foi marcado pelo início do funcionamento dos equipamentos de ressonância magnética de 3 Tesla em nosso país. Representando, assim, o melhor disponível no mundo.

Nesse sentido, como está a posição do Hospital Português?

Em agosto de 2005, o Hospital Português assinou contrato com a Philips Medical Systems para aquisição de equipamentos de última geração, a fim de elevar ainda mais a qualidade do Serviço de Bioimagem. Foram adquiridos os aparelhos de ressonância magnética de 1,5 e 3 Tesla e a tomografia computadorizada multi-slices de 64 canais. A Instituição é uma das primeiras do Brasil a instalar esses modernos equipamentos.

Quais os mais importantes diferenciais dos  aparelhos de ressonância magnética de 3 Tesla?

A ressonância magnética de 3 Tesla tem um campo magnético mais alto, em relação aos equipamentos equivalentes utilizados até então no Brasil. Possui,  proximadamente, 40% mais sinal que os aparelhos de 1,5 Tesla, proporcionando maior resolução e maior  detalhe, logo, lesões cada vez menores serão identificadas. Graças ao emprego de novas tecnologias, esses equipamentos oferecem maior conforto ao paciente, melhor qualidade de imagem e maior segurança no diagnóstico. Em alguns hospitais universitários dos Estados Unidos, já existem equipamentos de 7 Tesla, funcionando apenas para pesquisa.

A ressonância magnética tornou-se uma ferramenta importante para o diagnóstico de patologias de  vasos cerebrais?

É verdade. O alto campo magnético do equipamento de 3 Tesla auxilia o estudo dos vasos cerebrais, das artérias carótidas e vertebrais, possibilitando o diagnóstico de possíveis aneurismas cerebrais e outras alterações das artérias da cabeça e do pescoço e também dos demais segmentos do corpo humano.

Quais são as principais aplicações clínicas dos aparelhos de ressonância magnética de 3 Tesla?

A utilização de campos magnéticos cada vez mais altos está proporcionando grandes conquistas, em diversos setores do diagnóstico por imagem, como as provas funcionais em neuroradiologia, no setor de osteo-articular, no estudo dos vasos sanguíneos etc. Em neuro-imagem, podemos citar a tractografia por tensor de difusão, espectroscopia e Bold, possibilitando também a avaliação da variação dos níveis de oxigênio da hemoglobina venosa. Ainda em neurologia, a confiabilidade do diagnóstico em pacientes epilépticos aumentou significativamente, pois as imagens obtidas dos hipocampos são de alta resolução.

O aparelho pode auxiliar no diagnóstico de doenças da próstata?

Sim. O aparelho permite avaliação  da próstata sem a necessidade da utilização de coil endoretal. A utilização da ressonância magnética de 3T permite localizar a área suspeita, com o objetivo de direcionar uma nova biópsia.

O Serviço de Bioimagem do Hospital Português é considerado um dos mais modernos do país. Qual a infra-estrutura médica e de equipamentos?

São dez profissionais médicos, dois aparelhos de RM – um de 1,5 Tesla e outro de 3 Tesla, um equipamento de tomografia computadorizada multi-slices de 64 canais, equipamentos tele comandados de radiologia e aparelhos de ultra-sonografia.