O carisma de uma peregrina — Hospital Português da Bahia

Esperança. Dentre os segredos de Fátima, três profecias reveladas pela Virgem Maria a três crianças missionárias portuguesas, em 1917, essa virtude apareceu como instrumento de salvação e superação da dor.

A aparição de Nossa Senhora, em Fátima, rompeu as fronteiras da pequena cidade em Portugal e as revelações feitas aos pastorinhos correram o mundo, despertando a conversão e a devoção de inúmeros fiéis.

A fé revigorada pela esperança deu mais um exemplo de sua importância nos dias 3 e 4 de janeiro. Em visita ao Hospital Português, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, com a ajuda dos Arautos do Evangelho, percorreu corredores, quartos e leitos da  Unidade de Terapia Intensiva. “Alguns pacientes não podem sair para as comemorações do Hospital Português, então viemos até eles”, explicou Adélia Carvalho, presidente da Comissão dos 150 anos.

Nos dois dias, após o cortejo pelo Hospital, a imagem peregrina foi levada até a capela Nossa Senhora da Assunção, para missas celebradas pelo Bispo  Auxiliar D. Josafá Menezes da Silva e pelo capelão do Hospital, padre Uelson de Souza.

Anunciadores da Palavra

Hábitos marrons cingidos por pesadas correntes, camisas fechadas até o punho e, em todas as roupas, uma enorme cruz de São Tiago bordada em  vermelho e branco. Arautos do Evangelho, associação de jovens fiéis  católicos, aprovada pelo papa João Paulo II, em 2001, atua em 56 países,  desde a Ásia, Europa até a África.

Sua origem, porém, é brasileira. A  congregação foi criada em São Paulo, no ano de 1999, como uma dissidência  da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, a TFP.

Carlos Tonelli, encarregado geral da congregação na Bahia, indica que visitas
como a que foi feita no Hospital são realizadas também em creches, asilos e residências. “Nosso objetivo é levar o Evangelho através da beleza”, afirma.

Beleza que se traduz nos cantos gregorianos, no presépio montado todos os  nos no prédio da sede, em Brotas, e no incentivo ao esporte. Ele concorda ainda que mensagens de fé e ânimo são indispensáveis para a cura. “Os  enfermos melhoram quando sentem o carinho das pessoas que os querem bem. A mensagem que levamos diz ‘não desanime’, até porque sempre há a  possibilidade de uma cura milagrosa”, explicou.