Importância social da realização de transplantes pelo SUS — Hospital Português da Bahia

Para o hematologista Ronald Pallotta, coordenador da Unidade de Transplante de Medula Óssea (UTMO-HP), esse índice confirma que o Hospital é realmente uma instituição filantrópica. Em entrevista, ele faz um balanço do trabalho do Hospital na luta pela cura dos casos mais avançados de linfoma e leucemia

Qual a importância da homenagem da Abrale para o Hospital Português?

A Abrale é uma entidade formada por pacientes, que orienta e dá suporte a eles. O diferencial dessa homenagem é que ela partiu de uma instituição que enxerga sob a ótica do paciente, reconhecendo os esforços do Hospital na luta  pela popularização do transplante de medula óssea.

Na sua avaliação, qual o valor social desse trabalho?

Há sete anos, não havia serviço de transplante de medula na Bahia e as pessoas precisavam migrar para o Sul e Sudeste. Nessa época, eu residia em São Paulo e aceitei o convite para instalar a UTMO na Bahia, que é resultado de um convênio entre a Secretaria de Saúde do Estado e o Hospital Português. Atualmente, é o único serviço desse tipo na Bahia. O tratamento básico do câncer é uma estratégia terapêutica. Se não existe uma instituição que realize transplantes, perdem-se pontos na luta contra a doença. Por isso, é importante que esse serviço se estenda a todos, como vem sido feito.

Quantos transplantes de medula óssea a Instituição realizou no ano passado? Houve crescimento em relação a 2005?

Realizamos 33 transplantes no ano passado, 90% através do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse número aumenta gradativamente desde 2001, quando foi  realizado o primeiro. A tendência é que haja um crescimento progressivo. A melhoria contínua da infra-estrutura do ambulatório do Hospital assegura isso.