Como evitar a hipertensão arterial
30 May 2007
O Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, 26 de abril, chama atenção para uma luta ainda negligenciada, mas necessária. Várias doenças, como as renais e cardiovasculares, essas o principal motivo de óbito no Brasil, são causadas principalmente pela hipertensão, que pode ser prevenida por rotinas saudáveis de exercícios físicos e alimentação balanceada.
Além de enfermidades nos rins e sistema circulatório, o hipertenso pode ter complicações nos olhos e no cérebro. Dificilmente, alguém cuja pressão é alta e não controlada, terá apenas um problema de saúde. Por exemplo: ela está entre os principais fatores de risco da Doença Renal Crônica (DRC), pois danifica os glomérulos dos rins, vasos responsáveis pela filtragem do sangue. Quem está num estágio avançado da DRC, precisa fazer diálise. E a razão mais freqüente de falecimento entre os pacientes de diálise são as cardiopatias, que têm sua origem na mesma pressão alta que provocou a DRC.
A hipertensão tem diversas causas. Entre elas, a hereditariedade. Por isso, é importante informar ao médico sobre o seu histórico de doenças familiares. E todos, principalmente os que já possuem pré-disposição ao problema, devem tomar algumas medidas de prevenção. A ingestão excessiva de sal, álcool, gorduras e açúcares aumenta as chances de se adquirir a doença. A obesidade é um fator de risco, diretamente relacionado com o sedentarismo. Quem não se movimenta, não ativa a circulação do corpo, nem queima as calorias que consome e se torna um provável candidato à doença. Exercícios monitorados por profissionais e uma dieta rica em potássio e fibras, encontrados em grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes (preferencialmente crus), são essenciais para uma vida saudável.
Um dos maiores inimigos do combate à doença é que a maioria das pessoas não apresenta sintomas prévios. Quando descobrem, pode ser tarde demais. A única forma de saber como está a pressão arterial é recorrendo a um profissional de saúde, seja um cardiologista, um nefrologista, um clínico geral, ou mesmo um pediatra, no caso de criança obesa ou história familiar. Por isso, é muito importante que a aferição seja uma atividade periódica.
Colaboraram os fisioterapeutas Débora Sales de Castro e Palmireno Pinheiro Ferreira, a nutricionista Gildete Fernandes e a nefrologista Margarida Dutra.