Construir o futuro sem esquecer as lições do passado — Hospital Português da Bahia
6 de agosto de 2007
Construir o futuro sem esquecer as lições do passado
06 August 2007
Em janeiro de 1857, Marcos José dos Santos, português, natural de Lisboa, criou a Sociedade de Beneficência Dezesseis de Setembro, com o propósito de prestar assistência aos portugueses radicados na Bahia. Como toda a boa semente, a Instituição deu frutos: fundou o Hospital Português, em 1866, e ampliou o atendimento, tornando-se referência na promoção da saúde para toda a comunidade baiana e brasileira. A nova Diretoria Executiva, empossada em julho, mantém firme o ideal que norteou o fundador da Instituição: trabalho em benefício do próximo.
Por isso, o foco da Gestão 2007- 2009 é o trabalho estratégico para ampliação da assistência, modernização, melhoria contínua da prestação de serviços e da administração dos Recursos Humanos, sem esquecer os projetos voltados para a população de baixa renda, a exemplo do programa Unidades Móveis de Saúde, o serviço de alta complexidade, o ensino e a pesquisa. São muitos os planos para o futuro, mas o sesquicentenário Hospital Português sabe que não existe progresso sem aproveitamento das lições do passado.
Este pensamento também norteia a trajetória do presidente Armindo Carvalho dentro da Real Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de Setembro, à qual dedica cerca de cinco horas diárias. Desde que tornou-se associado da Instituição, em 1957, dois anos após chegar ao Brasil, tem percorrido uma trajetória que demonstra total respeito e dedicação à história da Organização. Em seu quarto mandato consecutivo, o atual presidente – que já ocupou as diretorias de Farmácia, Tesouraria, Vice-Presidência, Presidência do Conselho Deliberativo – tem trabalhado pela manutenção da vocação empreendedora da Instituição, desenvolvendo gestões baseadas no profissionalismo.
O livro Hospital Português: 150 Anos de Percurso, da historiadora Socorro Targino Martinez, que será lançado em breve, é mais uma iniciativa da Instituição com o objetivo de valorizar a história e o exemplo de empreendedores como Marcos José dos Santos, que construíram os alicerces desta que é hoje uma das melhores instituições de saúde do País.
Em quase um ano de trabalho, Socorro Martinez encontrou documentos, objetos e pessoas que lhe revelaram detalhes sobre as mudanças tecnológicas, da medicina, da sociedade e dos costumes em 150 anos. “O que mais me impressionou foram as histórias das pessoas que agregaram suas vidas, seus valores e seus sonhos à Instituição”, diz.
No final da vida, o próprio Marcos dos Santos, cego e empobrecido, precisou ser auxiliado pela Instituição que criou; isso está registrado em ata, de 17 de dezembro de 1878. Segundo relatório de 1880, os amigos de Portugal fizeram um abaixo-assinado para que o fundador da Beneficência recebesse auxílio em Lisboa, onde residia com grandes dificuldades financeiras. A Real Sociedade Portuguesa de Beneficência Dezesseis de Setembro atendeu à solicitação e, em Portugal, ele viveu os últimos dias, reconhecido como Benemérito dos Beneméritos.
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