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Simpatia e atendimento de qualidade — Hospital Português da Bahia

6 de setembro de 2007

Simpatia e atendimento de qualidade

06 September 2007

Simpatia e atendimento de qualidadeEm sete anos de atuação, o Programa Unidades Móveis de Saúde (UMS) contabiliza números expressivos. Foram realizados 116 mil atendimentos pediátricos, 104 mil consultas ginecológicas e 80 mil exames colposcópicos. As estatísticas comprovam a importância do Projeto, revelando que a quantidade de atendimentos aumenta ano após ano. De janeiro a julho de 2004, por exemplo, foram realizados 25 mil atendimentos, ao passo que 29 mil pacientes foram assistidos, no mesmo período de 2007.

O serviço das UMS ajuda a diminuir o fluxo nos postos de saúde pública, minimizando os efeitos da falta de infraestrutura nesses locais, que muitas vezes têm apenas um médico. “Trabalhamos em bairros distantes do centro da cidade, atendendo pessoas que, na maioria das vezes, não têm acesso à assistência de saúde” – afirma o ginecologista Alissandro Galvão. “Ao prestar um serviço de qualidade, para quem realmente precisa, estamos seguindo a vocação filantrópica do Hospital Português” – diz a enfermeira Maria Luíza Roriz, coordenadora interina do Projeto.

No Programa, as fichas para consulta são distribuídas por ordem de chegada, exceto para as gestantes, idosos e deficientes, que têm prioridade. As lideranças comunitárias asseguram a idoneidade do processo. O líder comunitário de Cosme de Farias, Ailton Soares, conta que em seu bairro as fichas são distribuídas mais cedo, para evitar filas. “Facilitamos o que é possível. As pessoas podem voltar para casa e ir para a Unidade depois”, relata.

Após o exame clínico, se diagnosticado algum problema, o paciente é en-caminhado para um posto de saúde ou hospital mais próximo. O maior esforço das UMS, no entanto, está concentrado na prevenção. “Orientamos muito nossos pacientes, no sentido de prevenir doenças e acidentes provocados pela falta de saneamento básico e infra-estrutura deficitária”, afirma o pediatra Nadson Carvalho, que trabalha no Projeto desde o início.

Os ginecologistas das UMS têm papel estratégico na orientação de planejamento familiar. Para a médica Viviane Dória, é essencial informar as pacientes, principalmente porque não é possível acompanhá-las, devido ao tempo limitado que as Unidades passam nas comunidades. “Às pacientes com vida sexual ativa, que não utilizam métodos contraceptivos, apresento os métodos disponíveis e as oriento para que evitem gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis”, explica a ginecologista.

O bom atendimento é um dos diferenciais das UMS. Toda a equipe tem a determinação de tratar bem os pacientes e familiares. José Catarino, motorista, e Diana Silva, ajudante de serviço hospitalar, prezam pela simpatia. “Eu gosto de ver as pessoas saindo felizes por serem bem atendidas”, conta Diana. José Catarino é responsável por fazer o contato inicial entre o Hospital e a comunidade, para informar o cronograma. “Minha maior satisfação são os agradecimentos do dia-a-dia”, diz.

O envolvimento dos colaboradores das Unidades é lembrado com carinho pelas lideranças comunitárias. O líder comunitário de Valéria, Arlei dos Santos, elogia a iniciativa das ajudantes de serviço hospitalar. “Teve uma situação em que o papel toalha que cobre as macas terminou e as meninas foram com a gente até o posto de saúde para buscar mais. A gente percebe que elas trabalham com o maior carinho e atenção no manuseio das fichas médicas”, relembra.

O trabalho desenvolvido pelas UMS tem o reconhecimento da comunidade assistida. “É uma função social que traz privilégio para a população de baixa renda. A carência de saúde é muito grande, em Salvador e no país, e ficamos muito felizes com isso”, elogia o líder comunitário da Palestina, Valter Silva.

As demonstrações de gratidão são incontáveis. Desde 2001, o Hospital recebe cartas de agradecimento e os colaboradores recebem o afeto dos pacientes atendidos. Nos bairros onde não há policiamento, por exemplo, é a própria comunidade quem garante a segurança das UMS. “No meu aniversário, uma criança que eu tinha atendido lembrou de mim e veio me abraçar. Se um ‘muito obrigado’ já é ótimo, isso, então, é maravilhoso”, comove-se a pediatra Cristiane Ramires, que faz parte do Programa há sete anos.