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HP traça novas metas para combate à infecção hospitalar — Hospital Português da Bahia

15 de fevereiro de 2010

HP traça novas metas para combate à infecção hospitalar

15 February 2010

Ainda que com índices de infecção hospitalar dentro dos parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Hospital Português não para de investir em mecanismos para prevenção do problema. No plano de metas de 2010, a Comissão pretende ampliar, ainda mais, sua atuação. Entre as principais medidas estão a elaboração de um protocolo de tratamento das principais infecções, a exibição de filmes e informativos nas telas das Unidades fechadas, a realização do acompanhamento das cirurgias realizadas afim da detecção dos casos pós-alta e a promoção da I Jornada de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Português, que deve acontecer no mês de maio.

A infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante esse período ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.

Dr. Rodolfo Teixeira, Consultor da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Português, explica: “qualquer pessoa que é internada em ambiente hospitalar, para tratamento médico, está sujeita a este problema, porque as bactérias estão presentes em todos os seres humanos. Para se ter uma idéia, um bebê, com 48 horas de vida, já é portador de bactérias”. Esses microorganismos se alojam em determinado local do corpo e vivem em harmonia com individuo. O problema é quando eles migram para o corpo de outro indíviduo, tornando –se extramente nocivos. “Cada um de nós é uma fonte de infectantes. Existe bactéria em minhas mãos, no meu nariz, na minha boca, em minha pele”, assinala Dr. Rodolfo.

O diagnóstico de infecção hospitalar envolve o uso de alguns critérios técnicos, previamente estabelecidos. É necessária a observação direta do paciente ou análise de seu prontuário e a avaliação dos resultados de exames de laboratório. Nos casos em que não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção, no momento da internação, no hospital, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72 horas da admissão na instituição médica.

Com o objetivo de aumentar, cada vez mais, a sua eficácia, a CCIH do Hospital Português não poupa esforços na qualificação da assistência hospitalar e vigilância sanitária. Esta postura é fruto da convicção de que a prevenção de infecções hospitalares depende muito mais da instituição hospitalar e de seus trabalhadores que dos pacientes. Dr. Alessandro Henrique Farias, Infectologista da Comissão, fala da importância desse posicionamento: “ninguém se interna com intenção de contrair doenças  dentro do hospital. A primeira medida é a consciência. Todos os profissionais de saúde precisam compreender que são fontes de bactérias, por isso, a lavagem das mãos é um cuidado de fundamental importância para evitar a infecção”, destacou. Os últimos detalhes referentes à programação e data da jornada ainda estão sendo definidos.

Conheça algumas das diversas atividades desenvolvidas pela CCHI do HP:

– Detectar casos de infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente estabelecidos pela Anvisa.
• Conhecer as principais infecções hospitalares detectadas no serviço e definir se a ocorrência destes episódios de infecção está dentro de parâmetros aceitáveis. Isto significa conhecer a literatura mundial sobre o assunto e saber reconhecer as taxas  aceitáveis de infecção hospitalar para cada tipo de serviço.
• Elaborar normas de padronização para que os procedimentos realizados na instituição sigam uma técnica asséptica (sem a penetração de microrganismos), diminuindo o risco do paciente adquirir infecção.
• Colaborar no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se refere à prevenção e controle das infecções hospitalares.
• Realizar controle da prescrição de antibióticos, evitando que os mesmos sejam utilizados de maneira descontrolada no hospital.
• Recomendar as medidas de isolamento de doenças transmissíveis, quando se trata de pacientes hospitalizados.
• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição correta de materiais e equipamentos e para o planejamento adequado da área física das unidades de saúde.
• Visitas técnicas aos setores assistenciais da unidade hospitalar
• Avaliação das transferências externas de pacientes