As manchas no rosto, chamadas de Melasma, trazem muitas vezes incômodo e constrangimento, principalmente para as mulheres. Com medidas simples de prevenção, como se proteger da exposição exagerada ao sol, é possível evitar o surgimento delas. Para quem já tem o problema, há opções eficientes de tratamento. Para falar sobre o assunto, a revista Imagem Real convidou a dermatologista Mariana Villanova. Confira!
Imagem Real – Além da exposição exagerada ao sol, quais outros fatores podem causar manchas no rosto? Marianna Villanova – As manchas acastanhadas que surgem no rosto são chamadas de Melasma, doença de causa não esclarecida provocada pela exposição solar em quem tem predisposição. Outros fatores contribuintes são a gravidez e uso de estrógeno-progesterona, como os anticoncepcionais e a terapia de reposição hormonal.
IR – É no verão que elas estão mais propensas a aparecer? MVN – Sim. Quanto maior a exposição solar, maior o risco delas aparecerem. Inclusive, as manchas tendem a melhorar no inverno e piorar no verão. O tratamento também é mais difícil de ser feito no verão.
IR – Como podemos prevenir essas manchas? MVN – A melhor maneira de prevenir estas manchas é sem dúvida usando filtro solar diariamente, com alta proteção para UVA e UVB e, mesmo estando em uso de filtro, evitar exposição solar intensa. Não adianta estar usando filtro solar e ficar diretamente no sol por muito tempo. Além disso, usar bonés, guarda-sol e, se possível, evitar sol depois das 10h até 16h. Além de evitar as manchas acastanhadas que incomodam esteticamente, a proteção solar traz benefícios como a prevenção dos cânceres de pele e do envelhecimento precoce, com o surgimento de Melanoses solares, rugas, entre outros.
IR – Quais as principais alternativas de tratamento? Os cremes clareadores e peelings são mesmo eficientes? MVN – O tratamento se baseia no uso de despigmentantes (o mais usado é a hidroquinona), filtros solares e na realização de peelings. Estes são eficientes, mas não podemos dizer que curam esta patologia, que na maioria das vezes é crônica. Há casos que são refratários ao tratamento e por isso é muito importante prevenirmos seu aparecimento. Atualmente, para estes casos refratários, tem sido tentado uso de lasers (como o fraxel), mas ainda com respostas discrepantes.
IR – Há alguns tipos de manchas que são irreversíveis? MVN – Como já falei anteriormente sim, muitos casos são crônicos e recidivantes, ou seja, melhoram e posteriormente retornam.
IR – Há casos em que as manchas podem se transformar em doenças? MVN – Não, estas manchas são apenas um problema estético, nunca se transformam em câncer de pele. As manchas que podem se transformar em câncer de pele são os nevos melanocíticos, as famosas “pintas” acastanhadas, que surgem nas áreas expostas e não expostas da pele. Estas podem se transformar em Melanoma (câncer de pele gravíssimo, na maioria das vezes). Os cânceres de pele mais frequentes são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, que aparecem geralmente em áreas expostas ao sol e na maioria das vezes não são graves.
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