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Doenças ocupacionais contam com exames avançados para diagnóstico — Hospital Português da Bahia

1 de outubro de 2010

Doenças ocupacionais contam com exames avançados para diagnóstico

01 October 2010

Doenças ocupacionais contam com exames avançados para diagnósticoProblema cada vez mais frequente, as doenças ocupacionais estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele está submetido. As mais comuns são as Lesões por Esforços Repetitivos ou Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), que englobam cerca de 30 doenças, entre elas a tendinite (inflamação de tendão) e a tenossinovite (inflamação da membrana que recobre os tendões). As LER/DORT são responsáveis pela alteração das estruturas osteomusculares, como tendões, articulações, músculos e nervos.

Para o diagnóstico de doenças ocupacionais, atualmente é extremamente utilizado o exame de eletroneuromiografia (ENMG), que diagnostica patologias hereditárias, congênitas e adquiridas. Específico para lesão do nervo, o exame de eletroneuromiografia é o único que avalia o comprometimento dos nervos periféricos, doenças musculares e da função mioneural. No Hospital Português, o ENMG é realizado pelo Serviço de Neurofisiologia, que é voltado para o diagnóstico das doenças neurológicas e oferece também o exame de eletroencefalograma com mapeamento cerebral e de potencial evocado sômato-sensitivo.

A médica do Serviço de Neurofisiologia do HP, Dra. Daniela Morange, diz que o exame de eletroneuromiografia é realizado em membros inferiores e superiores. “Isso permite diagnosticar lesões compressivas, como a neuropatia compressiva do nervo mediano em punho, denominada Síndrome do Túnel do Carpo, e lesões do nervo ulnar em cotovelo e punho”, explica.

O exame de eletroneuromiografia diagnostica também inflamação de nervos, como em doenças metabólicas, entre elas diabetes e hipotireoidismo, e também em doenças carenciais (por falta de vitaminas) ou em pacientes submetidos a quimioterapia, que apresentam dormência e queimor nas mãos.

O ENMG é utilizado ainda para pacientes que têm Síndrome Paraneoplásica, que envolve doenças causadores de neuropatias periféricas, além das hereditárias e, em casos mais graves, em pós-infecções (como a Síndrome de Guillain-Barré, que pode levar à paraplegia flácida e insuficiência respiratória) e esclerose lateral amiotrófica (doença de Charcot).