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Fratura no idoso exige cuidados e medidas preventivas — Hospital Português da Bahia

2 de novembro de 2010

Fratura no idoso exige cuidados e medidas preventivas

02 November 2010

Problema bastante comum na terceira idade, a fratura está diretamente ligada à intensidade do trauma, à resistência do osso e à maior propensão a quedas, embora possam ocorrer fraturas espontâneas devido à rarefação óssea, consequência, na grande maioria dos casos, de osteoporose, sendo a causa mais frequente nas mulheres.

As fraturas do quadril, em especial as que ocorrem na parte proximal do fêmur, representam um sério problema de saúde publica, pela grande frequência com que ocorrem e pela particularidade de maior incidência entre os idosos. Aproximadamente 90% delas comprometem pessoas acima de 65 anos. A incidência estimada dessas fraturas em mulheres que chegam aos 90 anos é de 33%, enquanto nos homens é de 16%.

“A maior incidência de fraturas na velhice é explicada pela osteoporose, que contribui para a diminuição da resistência óssea, pelo déficit visual e pelo maior número de quedas. Além dessas causas, outras situações, como alterações da marcha e uso de tranquilizantes podem induzir também ao aumento do número de quedas e consequentemente de fraturas”, explica o ortopedista Dr. Ricardo Costa, especialista em cirurgia de quadril e joelho.

Dr. Ricardo Costa acrescenta que, quase sempre, em pacientes idosos, as fraturas que acometem a região do quadril são causadas por quedas da própria altura ou decorrente de mínima força rotacional lateral, como, por exemplo, tropeçar no chinelo ou no tapete. “A prevenção dessas fraturas deve ser focada no tratamento da osteoporose e na prevenção de quedas. Essas medidas têm como objetivo não só evitar as fraturas como melhorar as condições desta população e do meio ambiente em que vivem”, ressalta.

Medidas de ordem pessoal, como uso de óculos adequados, correção cirúrgica de cataratas e a melhora do tônus muscular e do equilíbrio por meio de exercícios físicos bem orientados, além de modificações no ambiente residencial, como uso de chinelos apropriados, que não deslizam, iluminação sinalizadora noturna, retirada de tapetes, colocação de suportes para as mãos nos boxes e vasos sanitários, que permitam apoio em caso de desequilíbrio, também mostram-se bastantes eficientes na prevenção das fraturas. “Cuidados e medidas preventivas são a melhor opção para estes casos”, afirma o especialista.

Uma vez tendo ocorrido a fratura, os pacientes estão sujeitos a elevada taxa de incidência de complicação, como aumento da mortalidade, piora da situação clínica prévia à fratura, diminuição da capacidade funcional e limitação parcial ou total da marcha.

Segundo Dr. Ricardo Costa, o tratamento dessas fraturas é quase que exclusivamente cirúrgico. “Em raros casos em que o paciente tem seu estado geral muito comprometido ou em pacientes que já não andavam antes da fratura e que não apresentem dor, eventualmente pode ser indicado tratamento não cirúrgico. Os pacientes com indicação cirúrgica devem ser operados o mais rapidamente possível, para evitar a piora do quadro clinico, em razão de precisarem ficar acamados”, orienta.

A escolha do tipo de cirurgia que será realizada depende de vários fatores: tipo da fratura, estado geral do paciente, prognóstico de marcha e expectativa de vida. Cabe ao profissional médico, responsável pela equipe cirúrgica, habitualmente um cirurgião ortopedista especializado em cirurgia de quadril ou em cirurgia do trauma, determinar ou optar por um dos métodos operatórios disponíveis para a resolução da fratura, entre eles: fixação com placas, hastes ou próteses.

No pós-operatório o paciente é estimulado a deambular o mais cedo possível, com apoio total ou parcial do membro operado, com auxilio de andador ou muletas, para que sua recuperação seja rápida e para evitar complicações relacionadas ao repouso prolongado no leito.

Hospital Português inaugura Serviço de Emergência Ortopédica
Um moderno Serviço de Emergência em Ortopedia será inaugurado em breve pelo Hospital Português da Bahia. Com início das atividades previstas para este mês de novembro, a Unidade prestará atendimento de urgência e emergência, 24 horas por dia, com capacidade de realização de cirurgias ortopédicas imediatas, além de ressonância, tomografia e ultrassonografia.

O Serviço de Emergência Ortopédica do Hospital Português contará com 17 profissionais médicos especialistas em coluna, joelho, quadril, pé, ombro e cotovelo; dois consultórios ortopédicos com prontuário eletrônico; um equipamento de raio-x digital e oito leitos para observação e acompanhamento médico.

Com a chegada do Serviço de Emergência em Ortopedia, fecha-se uma lacuna no conjunto das atividades do Hospital Português, que passa a ser um hospital completo, com todas as especialidades médicas, e sempre preocupado em reunir profissionais capacitados para o atendimento.

O acesso ao Serviço de Emergência Ortopédica do HP se dará pela Avenida Princesa Isabel, ao lado da Maternidade Santamaria.