Hábitos saudáveis podem melhorar o refluxo gastro-esofágico — Hospital Português da Bahia
8 de novembro de 2010
Hábitos saudáveis podem melhorar o refluxo gastro-esofágico
08 November 2010
Mais comum do que se imagina, a doença do refluxo gastro-esofágico tem como sintomas clássicos a azia ou a regurgitação. Segundo pesquisas, em torno de 20% da população adulta mundial tem um episódio de azia pelo menos uma vez por semana. O refluxo é uma doença crônica e multifatorial, ou seja, vários fatores se associam para causar a patologia. Maus hábitos alimentares, ingestão de bebidas alcoólicas e tabagismo podem contribuir para o refluxo, assim como dificultar o tratamento.
A azia é a principal queixa dos pacientes com refluxo e seu nome técnico é pirose. É referida como sensação de ardência ou queimação, em algum ponto entre a “boca do estômago” e o queixo, correndo por trás do esterno, o “osso do peito”. Já a regurgitação é a percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjoo ou vômito, frequentemente com azedume ou amargor.
Por vezes a doença do refluxo pode se manifestar com sintomatologia atípica, não relacionada ao aparelho digestivo. Dentre estes sintomas pode ocorrer dor no peito, causando até a impressão de infarto cardíaco. Tosse, pigarro e alterações da voz também podem ser manifestações de refluxo, assim como crises de falta de ar, acompanhadas de chiado no peito, como a asma.
Para confirmar o diagnóstico do refluxo gastro-esofágico são necessários alguns exames complementares. A endoscopia digestiva alta é a principal ferramenta para o diagnóstico, no entanto, muitas vezes ela não é suficiente, e é então que se pode lançar mão da pH-metria esofágica prolongada, que avalia a presença de conteúdo ácido no esôfago durante um período de 24 horas. A médica gastroenterologista do Hospital Português, Dra. Maria Alice Pires Soares, afirma que o exame é simples, feito em caráter ambulatorial (o paciente não precisa ficar internado), com a instalação de uma sonda de pH passada pela narina, sob anestesia local, permitindo o registro da acidez do conteúdo esofágico durante o período de registro.
A pH-metria identifica o refluxo, avalia a sua gravidade, a frequência da sua ocorrência e permite estabelecer correlação com os sintomas, principalmente na presença de sintomas atípicos, ajudando na definição da estratégia de tratamento. O exame é importante também na avaliação pré-operatória de pacientes com proposta de tratamento cirúrgico, assim como na avaliação da eficácia do tratamento, tanto clínico quanto cirúrgico. Considerada bastante eficiente, a pH-metria é realizada no Hospital Português no Serviço de Endoscopia, que conta com infraestrutura moderna e equipe especializada.
Dra. Maria Alice salienta que há como tratar o refluxo gastro-esofágico apenas com a mudança de hábitos, controle de peso, alimentação saudável, ingerida em porções adequadas e em intervalos regulares, além da abstenção da ingestão de bebidas alcoólicas e fumo. Porém, na maioria das vezes é necessário tratamento medicamentoso ou mesmo cirúrgico.
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