Tonturas, zumbidos, taquicardia, podem ser sintomas de labirintite — Hospital Português da Bahia
18 de março de 2011
Tonturas, zumbidos, taquicardia, podem ser sintomas de labirintite
18 March 2011
A labirintite ou labirintopatia é uma doença inflamatória ou infecciosa que acomete o labirinto, órgão localizado na região do ouvido interno. Devido a fatores como estilo de vida, genética, estresse, alimentação, dentre outros, a enfermidade tem apresentado incidência em pessoas de diferentes faixas etárias. Na infância, a doença é pouco frequente. Mas, crianças e bebês também podem apresentar sintomas semelhantes aos dos adultos, muito embora os sinais da doença possam ser confundidos com o desequilíbrio próprio do desenvolvimento locomotor. “As causas desse problema em crianças podem estar ligadas a infecções de ouvidos e tumorações cerebrais”, observa o médico otorrinolaringologista Laércio Freitas, sócio-diretor da clínica Otorrinocenter.
Nos adultos, a faixa etária de maior incidência da labirintite é a partir dos 40 anos, conforme estudos realizados no Brasil e no resto do mundo. As mulheres sofrem mais com o problema devido às variações hormonais, já os idosos pela baixa resistência física e cardiocirculatória. Os fatores que ocasionam a doença podem estar relacionados a alterações metabólicas e vasculares, bem como, elevação do colesterol, triglicérides e ácido úrico. “Doenças como hipertensão, diabetes, alterações na coluna cervical, ansiedade e depressão são causas frequentes de labirintopatias”, revela o médico Laércio Freitas entre as principais causas da doença. “Uma vez comprometido com a enfermidade, o labirinto provoca alterações no equilíbrio originando diversos sintomas como tonturas (que podem ser rotatórias e correspondem às mais frequentes), zumbidos, náuseas, vômitos, surdez, sudorese, palidez e taquicardia (mais comuns em pessoas acima dos 40 anos)”, diz o otorrinolaringologista.
O diagnóstico da labirintopatia é feito com base em exames específicos, como audiometria, além da avaliação otorrinolaringológica que também ajuda na identificação da doença. Depois de diagnosticada com a enfermidade, a pessoa deverá conversar com o seu médico sobre os hábitos de vida que precisarão ser readequados. “As pessoas portadoras destas alterações devem evitar dirigir automóveis, por exemplo, bem como exercer outras atividades que oferecem risco”, alerta o médico. As recomendações incluem ainda evitar o sedentarismo e adotar uma alimentação regular durante o dia, a cada três horas; consumir com moderação sal, açúcar e gordura; evitar cafeína, cigarro e consumo de bebidas alcoólicas; hidratar o organismo e visitar o médico periodicamente.
O especialista informa que o tratamento da labirintopatia depende das causas que levaram ao surgimento da doença, incluindo terapia com reabilitação labiríntica e medicamentos chamados vasodilatadores. No geral, essas medicações atuam facilitando a circulação sanguínea. Há também medicamentos que agem no sistema nervoso, denominados labirinto-supressores, e minimizam sintomas desagradáveis como náusea, vômito e mal-estar. Para que o tratamento alcance melhores resultados é importante consultar o médico assim que os primeiros sintomas da doença se manifestem. Uma vez detectada a causa da labirintopatia, dependendo do estágio da enfermidade, é possível tratar e controlar gradativamente os sintomas e até obter a cura plena do problema.
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