Controle o diabetes e ganhe qualidade de vida — Hospital Português da Bahia
9 de junho de 2011
Controle o diabetes e ganhe qualidade de vida
09 June 2011
O diabetes mellitus é um distúrbio do metabolismo que afeta a glicose. As formas mais comuns da doença são os diabetes tipo 1 e 2. O tipo 1 ocorre com maior frequência em crianças e adolescentes e decorre de uma deficiência na produção de insulina. Já o tipo 2, responsável por 80% a 90% dos casos, surge habitualmente após os 40 anos de idade, sendo decorrente tanto do funcionamento inadequado da insulina quanto da sua produção insuficiente.
Obesidade, hipertensão arterial, história familiar de diabetes, níveis elevados de colesterol e antecedente de diabetes gestacional estão entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento do tipo 2 da doença. Com o número crescente de crianças e adolescentes obesos, tem aumentado a frequência de diabetes do tipo 2 também nesta faixa etária. De acordo com estudos realizados em centros de saúde brasileiros, a ocorrência de diabetes na faixa etária dos 30 aos 69 anos era de 7.6% da população, cerca de 5 milhões de pessoas, na época. Mais recentemente, este número subiu para 12.1%.
É importante salientar que, como o diabetes tipo 2 pode aparecer e evoluir sem apresentar sintomas, cerca de metade dos pacientes nem sabem que apresentam a doença, o que causa um atraso de 4 a 7 anos no diagnóstico. Os sintomas clássicos da doença – sede intensa, apetite excessivo, micções frequentes, cansaço, visão turva e perda de peso – ocorrem com maior frequência no diabetes tipo 1. No tipo 2, quando esses sintomas estão presentes, os níveis de glicose já se encontram bem elevados, por isso é necessário realizar exames periódicos de glicemia.
O tratamento objetiva reduzir as complicações crônicas associadas à doença. Atividade física regular e uma dieta balanceada constituem parte essencial da terapêutica. No tipo 1, o tratamento consiste exclusivamente no uso de insulina. No tipo 2, na maioria das vezes, inicia-se com medicamentos orais, porém os pacientes podem necessitar de insulina após algum tempo. As medicações podem promover estimulação da produção de insulina, melhora da captação e redução da absorção de glicose. Recentemente, também estão sendo usadas algumas drogas com provável ação de proliferação das células pancreáticas responsáveis pela produção de insulina. Pacientes que seguem um plano nutricional e desenvolvem um programa de exercício físico podem necessitar de doses menores de insulina ou menor quantidade de medicamentos orais.
O controle inadequado do diabetes pode levar a complicações que afetam gravemente o coração, rins, olhos, nervos e vasos sanguíneos, podendo ter um impacto importante na qualidade de vida do paciente, assim como na elevada taxa de mortalidade.
Portanto, a prevenção é a melhor aliada do paciente no caminho para uma vida saudável. Estudos mostram que é possível reduzir o risco de indivíduos se tornarem diabéticos através de uma dieta saudável e atividade física regular. Logo, mudar o estilo de vida é o primeiro passo para prevenir ou retardar o diabetes. *Médica endocrinologista; Fellow em endocrinologia pediátrica pelo Royal Children’s Hospital, Melbourne – Austrália. Atende no Centro Médico do Hospital Português.
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