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Prevenção é caminho para São João tranquilo — Hospital Português da Bahia

9 de junho de 2011

Prevenção é caminho para São João tranquilo

09 June 2011

É época de festejar São João e São Pedro com danças, comidas e bebidas típicas da região Nordeste. No embalo das comemorações, o repertório junino também abrange queima de fogos de artifício e a tradicional fogueira. Porém, para que a celebração não perca o seu lado lúdico, é preciso tomar algumas precauções para evitar o risco de queimaduras, infecções alimentares, patologias respiratórias ocasionadas pela inalação de fumaça, dentre outros problemas. Confira as orientações de especialistas nas áreas de otorrinolaringologia, infectologia e emergência médica do Hospital Português e tenha uma excelente festa! 

Respiração livre de fumaça

A tradicional fogueira junina pode se tornar vilã para quem sofre de alergias respiratórias como rinossinusite, bronquite e asma. De acordo com a médica do Serviço de Emergência de Otorrinolaringologia do Hospital Português, Loren Britto, essas são as principais patologias respiratórias provocadas pela inalação de fumaça e que, sem tratamento adequado, podem evoluir para rinossinusite infecciosa e pneumonia. Pessoas alérgicas devem atentar ainda para a maior umidade do ar no inverno, devido à proliferação de ácaros e fungos (mofos, bolores, etc.) que aumentam a frequência de crises. “O ideal é evitar inalação da fumaça. Mas, diante dos sintomas alérgicos deve-se realizar lavagens nasais com soro fisiológico e usar medicações específicas antialérgicas e anti-inflamatórias com ação  local e sistêmica, conforme orientação do otorrinolaringologista”, aconselha. Nos quadros infecciosos bacterianos o tratamento da rinossinusite vai envolver ainda uso de antibióticos. “Adultos, crianças e idosos receberão doses diferenciadas das medicações, com restrições caso tenham doenças associadas. A atenção contínua ajuda a evitar ou minimizar os sintomas causados pelo contato com fumaça”, diz a especialista, que recomenda acompanhamento frequente de um otorrinolaringologista nos casos alérgicos.
Atenção com a queima de fogos

Maior responsável pela lotação das emergências médicas no período do São João, as queimaduras podem ser evitadas se alguns cuidados básicos forem adotados. Não permitir o manuseio de fogos de artifício por crianças, não adquirir produtos em locais clandestinos, seguir as recomendações do fabricante, proteger a pele com tecidos resistentes, escolher o melhor local para acender a fogueira (considerando o vento, ausência de vegetação, distância de rede elétrica e produtos inflamáveis, etc.), são alguns exemplos. Mas se ainda assim a queimadura ocorrer o médico emergencista e coordenador do Serviço de Emergência Geral do Hospital Português, Roberto Valente, explica a forma correta de agir. “Procure o centro de saúde mais próximo. Não use produtos caseiros e nem remédios no local atingido sem consultar um especialista, pois pode piorar o grau do ferimento e aumentar o risco de infecção. Se a queimadura foi provocada por produto químico, lave o local com água fria abundante antes de ir ao médico”, orienta.

Prudência na escolha de alimentos típicos da festa

Amendoim, canjica, licor, bolo. Iguarias como essas fazem parte de um tradicional cardápio junino. Mas, poucos atentam para a procedência e preparo dos alimentos comercializados na festa junina e para o risco de infecção bacteriana. “Quem manipula os alimentos pode ser colonizador de bactérias como a Salmonella Typhi – causadora da febre tifoide – ou ainda de agentes infecciosos prejudiciais ao trato digestivo”, adverte o médico do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Português, Alessandro Farias. Ao comprar alimentos o especialista recomenda prudência. “Verificar a procedência, quem fez e se há o mínimo de controle de qualidade no manejo dos alimentos pode evitar, por exemplo, a ingestão de alimentos deteriorados. A conservação é outro aspecto importante, pois ambientes sujos e excessivamente quentes favorecem o crescimento bacteriano”, diz. No caso de bebidas alcoólicas de preparo caseiro, como os tradicionais licores, é importante checar a qualidade da cachaça e das frutas usadas. Segundo o médico, o consumo de alimentos contaminados pode gerar quadros graves de infecção intestinal com risco de desidratação, requerendo avaliação na emergência. “A ingestão de toxinas bacterianas pode provocar episódios intensos de vômitos e diarreias ‘explosivas’, em curtos intervalos, por 1 a 2 dias. Já as infecções por helmintos ou protozoários causam sintomas mais tardiamente após a ingestão”, diz. O tratamento envolve soro de reidratação oral ou, às vezes, venosa; uso de antihemeticos para controle de vômitos; analgésicos para dor ou antitérmicos para febre associada; além de medidas especificas como uso de antibióticos para diarreia de origem bacteriana, ou medicamentos anti-helmínticos ou anti-protozoários para os casos indicados.

 ONDE TRATAR

Serviço de Emergência de Otorrinolaringologia do Hospital Português – Atendimento de urgência e emergência nas doenças do ouvido, garganta, nariz e áreas de estética facial e crânio-maxilo-facial, em plantão de 12 horas (7h às 19h), no primeiro andar da instituição.
Emergência Geral do Hospital Português – Situada na entrada principal do Hospital oferece assistência em situações de urgência e emergência médicas.
Centro Médico do Hospital Português – Especialistas em infectologia podem ser consultados através de marcação pelo telefone (71) 3203-3400.