Os hormônios são substâncias químicas produzidas por células especializadas. É deles a responsabilidade de regular os diversos processos do corpo humano, como o crescimento, a reprodução, o sono, o metabolismo, entre outros. Quando são lançados na circulação sanguínea, produzem efeitos regulatórios de indução ou de inibição em outros órgãos ou regiões do corpo. Devido à atividade integrada no organismo, muitas vezes é difícil reconhecer prontamente quando o funcionamento dessas substâncias está comprometido. Entretanto, para que o organismo atue de maneira plena é fundamental que os hormônios estejam em harmonia, pois as glândulas que os produzem e os lançam no sangue compõem um sistema, o chamado Sistema Endócrino. “Devemos fazer consultas clínicas de rotina e também quando percebemos que algo de errado está acontecendo com o organismo ou que existe a suspeita de disfunções hormonais”, alerta o endocrinologista, professor e presidente da Sociedade Brasileira e Endocrinologia e Metabologia – Regional Bahia, Fábio Trujilho.
Alterações nos níveis hormonais são provocadas, principalmente, por doenças autoimunes, tumores, traumas, medicamentos, obesidade, alimentação inadequada, entre outros fatores. Além disso, podem acontecer em qualquer fase da vida e provocar sintomas variados. Na infância, dificuldades de aprendizado e atraso no crescimento podem indicar a presença de hipotireoidismo, que é a diminuição da produção de hormônios tireoidianos. O atraso do crescimento também pode estar relacionado ao déficit do hormônio GH produzido pela hipófise, uma das principais glândulas do corpo porque produz vários hormônios responsáveis pela regulação de outras glândulas. Na adolescência, são frequentes os casos de hipotireoidismo. Também é comum ocorrer a puberdade atrasada, indicando a produção insuficiente de hormônios sexuais. Já a puberdade precoce acontece quando os hormônios femininos e masculinos estão sendo produzidos em níveis excessivos para a idade.
Além do hipotireoidismo, outro problema ocasionado pela desregulação hormonal da tireoide é o hipertireoidismo, comum em adultos tanto quanto o diabetes tipo 2 – causado pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas – e o diabetes tipo 1 – decorrente da carência absoluta na produção de insulina. Na terceira idade, as alterações hormonais mais frequentes são a menopausa e a andropausa (causadas, respectivamente, pela redução nos níveis de hormônios sexuais feminino e masculino).
Por tudo isso, fica evidente o ca ráter essencial dos hormônios para o bom desempenho das funções orgânicas, aspecto que torna o desequilíbrio hormonal um agente complicador do bom desenvolvimento das atividades cotidianas. Fábio Trujilho explica que “dependendo do tipo de disfunção hormonal pode ocorrer falta de energia, diminuição da concentração, irritabilidade e dores no corpo, entre outros sintomas que comprometerão a realização das atividades diárias com eficiência”. Ele alerta ainda para os sintomas clássicos desse tipo de alteração: falta de crescimento e redução do desempenho escolar em uma criança, atraso no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, alterações menstruais, infertilidade, diminuição da libido, excesso de pelos em mulheres, ganho ou perda de peso excessiva, dificuldades de concentração, sono excessivo, entre outros. “A terapia hormonal é indicada quando o problema existente coloca a saúde do individuo em risco ou quando a qualidade de vida pode ser melhorada, desde que não haja contraindicações ao tratamento”, conclui.
ALIMENTAÇÃO – A nutricionista Leny Strauch Ferreira explica que existem alimentos capazes de auxiliar na produção de alguns tipos de hormônios. “Principalmente os chamados alimentos funcionais, que beneficiam a saúde pelo alto valor nutritivo presente na composição química”, diz a especialista. A soja, por exemplo, contém isoflavona, substância semelhante ao estrógeno humano. As sementes oleaginosas – avelã, amêndoa, amendoim, nozes e castanhas – são ricas em ácidos graxos insaturados, que ajudam na produção do estrógeno, da progesterona e do cortisol. Os peixes e frutos do mar, ricos em iodo, são indispensáveis para a produção dos hormônios da tireóide. Já as frutas, verduras e grãos fornecem vitaminas e minerais, essenciais na composição de todos os hormônios do nosso organismo.
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