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Coqueluche: causas, sintomas e prevenção — Hospital Português da Bahia

15 de novembro de 2011

Coqueluche: causas, sintomas e prevenção

15 November 2011

Coqueluche: causas, sintomas e prevençãoSegundo o Ministério da Saúde, em 2011, o número de vítimas de coqueluche no país dobrou em relação ao registrado no ano passado. Até agosto, foram contabilizados 583 casos da doença, contra 291 em 2010. Altamente contagiosa, a patologia tem origem bacteriana, sendo também conhecida como tosse com guincho, tosse espasmódica e tosse comprida. A transmissão de uma pessoa para outra ocorre durante a fala, tosse ou espirro, que disseminam gotículas de saliva que atingem o sistema respiratório. Caso não seja diagnosticada precocemente, a doença pode evoluir para quadros convulsivos, pneumonias e encefalopatias, que representam risco de óbito.

O que dificulta o diagnostico da coqueluche é o fato de que nos primeiros 3 a 5 dias da doença os sintomas são confundidos com os de uma gripe forte. Em alguns casos é necessário realizar exame de sangue, seguido de análise de uma amostra da secreção, a fim de identificar com mais precisão a presença da bactéria bordetella pertussis no organismo.

Os sintomas próprios da doença evoluem em três fases. O primeiro estágio, chamado de catarral, é caracterizado por dificuldades respiratórias leves, como febre baixa, tosse seca, coriza e indisposição. A evolução da doença leva o doente a ter oscilações febris ao longo do dia, crises de tosse seca incontroláveis que podem durar de 2 a 6 semanas. Geralmente, esses acessos são mais intensos à noite e podem causar pele arroxeada (cianose), vômito e parada respiratória (apneia) responsável pela inspiração profunda, conhecida como “guincho”. Na fase da convalescença, o paciente manifesta a tosse comum entre duas semanas até três meses.
A prevenção da coqueluche deve ser feita através da vacinação – método seguramente eficaz na proteção contra a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a administração da primeira dose é indicada a partir do segundo mês de vida do bebê, enquanto as demais devem ser tomadas aos quatro e seis meses de idade. Quando a criança completa 18 meses já pode receber a dose de reforço, garantindo a imunidade infantil por pelo menos dez anos. Após esse período a imunidade cai, deixando os adolescentes e adultos vulneráveis. Por isso, é necessário novo reforço com vacina própria para o público adulto. Essa atitude preventiva permite que ao contrair a doença, a pessoa vacinada desenvolva reações bem atenuadas, que podem até ser confundidas com uma gripe leve.
A vacina contra a coqueluche é distribuída gratuitamente nos postos de saúde para crianças de até sete anos. A partir dessa idade a imunização contra a doença pode ser feita na rede de clínicas particulares.