Perda auditiva pode ser controlada
08 November 2011
A perda total ou parcial da audição é uma realidade enfrentada por quase seis milhões de brasileiros, segundo informações da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO). O silêncio decorrente da evolução da doença impacta diretamente na qualidade de vida dessas pessoas, que compartilham dificuldades semelhantes no dia-a-dia. Redução da autoestima, isolamento e dificuldade de aprendizagem são alguns exemplos citados pela médica especialista em otologia clínica e cirúrgica da equipe da Emergência de Otorrinolaringologia do Hospital Português, Dra. Loren Britto. “A perda auditiva pode afetar o desenvolvimento da fala e da linguagem prejudicando a comunicação, a interação social e os aspectos emocionais. Isto pode gerar isolamento, frustração, ansiedade e depressão”, observa, destacando que já é possível detectar o problema no início com ajuda da tecnologia, minimizando e/ou controlando os seus efeitos.
Diferentes motivos podem originar a lesão auditiva: genéticos (congênitos ou não), infecções, tumores, envelhecimento, traumas, exposição a ruídos ou a substâncias químicas. O diagnóstico da causa do problema é feito pelo exame físico do ouvido, chamado de otoscopia, como explica a especialista. “Esse exame permite avaliar alterações no conduto auditivo e na membrana timpânica, como a presença de rolhas de cera, tumores, inflamações, perfurações timpânicas e corpos estranhos”. No Hospital Português a otoscopia é associada a procedimentos de última geração que avaliam com precisão o estado do aparelho auditivo. Exames audiológicos como o BERA, também chamado de audiometria de tronco cerebral, promovem uma análise minuciosa da via auditiva. O teste de emissões otoacústicas, mais conhecido como teste da orelhinha, que é obrigatório para todos recém-nascidos, auxilia na detecção precoce da deficiência auditiva. Já a audiometria, permite medir o grau e identificar o tipo de alteração no ouvido.