Segurança do Paciente: dever de todos — Hospital Português da Bahia
13 de novembro de 2011
Segurança do Paciente: dever de todos
13 November 2011
Certa vez, num debate sobre segurança do paciente, ouvi alguém questionar: “… você pegaria um voo em que 10% dos passageiros não chegariam ao fim da viagem? Provavelmente não. Então, o paciente, ao dar entrada num hospital, não deve aceitar menos do que a certeza de que vai ficar melhor em vez de ser prejudicado”. A princípio, a afirmação soa como uma verdade presente em todos os momentos do cotidiano de uma instituição de saúde, mas, não é bem assim. Os números, que, aliás, são surpreendentes, revelam a grande quantidade e o impacto de eventos nocivos ao paciente que acontecem nos hospitais do mundo. A surpresa se agrava ainda mais ao tomarmos conhecimento de que um percentual considerável do montante se remete a ocorrências perfeitamente evitáveis. Porque então acontecem os danos? As explicações são numerosas, desde a falibilidade humana até as falhas de equipamentos desenhados para ajudar no diagnóstico e tratamento das doenças.
Independentemente da multiplicidade de causas, uma chama bastante atenção: as instituições que têm como missão cuidar da saúde das pessoas, entre elas, os hospitais, podem melhorar muito as estatísticas se, simplesmente, desenvolverem programas especiais voltados para a segurança do paciente; programas que contemplem os riscos de natureza clínica e também os não clínicos, mas, sobretudo programas que envolvam todo o corpo diretivo e funcional da instituição, tornando-se parte da cultura da organização.
A boa notícia é que um programa institucional dessa natureza, bem elaborado e abraçado por toda a instituição é capaz de fazer maravilhas, como por exemplo: salvar vidas (muitas vidas), otimizar recursos, aumentar a segurança dos profissionais, aumentar a confiança na instituição e ainda, melhorar o desempenho econômico do hospital.
Os pilares modernos da segurança do paciente, que devem constituir o esteio de qualquer política institucional voltada para esse propósito, foram estabelecidos, e transformados em metas mundiais, em 2007 pela Organização Mundial de Saúde. São eles: • Identificar os pacientes corretamente; • Melhorar a comunicação efetiva; • Melhorar a segurança dos medicamentos de alta vigilância; • Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto; • Reduzir o risco de infecção associados aos cuidados de saúde; • Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de quedas. Com essa premissa, o Hospital Português através do seu Núcleo de Qualidade tem implantado protocolos e rotinas especiais voltadas para a segurança do paciente. No entanto, com o objetivo de melhorar ainda mais os resultados, está sendo preparado um conjunto de medidas de gestão que, uma vez implantadas, propiciarão aos usuários a oferta de serviços muito mais seguros, assegurando assim a satisfação do paciente e de todos os responsáveis pelo seu cuidado.
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