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Benefícios do implante de marcapasso no tratamento da doença cardíaca — Hospital Português da Bahia

14 de fevereiro de 2012

Benefícios do implante de marcapasso no tratamento da doença cardíaca

14 February 2012

Benefícios do implante de marcapasso no tratamento da doença cardíacaO implante de marcapasso tem se mostrado um importante recurso da Medicina para tratar o problema da arritmia cardíaca. Hoje, o aparelho possui modelos sofisticados e apropriados ao tipo de disfunção de cada paciente. Enquanto um coração saudável realiza de 60 a 100 batimentos por minuto para bombear o sangue a todos os órgãos, em pessoas com bradicardia sinusal o ritmo cardíaco apresenta uma frequência média inferior a 50 batidas por minuto. Essa disfunção pode ocasionar tonturas, desmaios, falta de ar e até mesmo morte súbita. De acordo com a equipe de cirurgiões cardíacos do Serviço de Arritmia e Eletrofisiologia do Hospital Português, esses sintomas podem ser tratados eficientemente com o marcapasso, instrumento capaz de restabelecer a função cardíaca, permitindo que os pacientes retomem a maioria das suas atividades cotidianas. “Mensalmente cerca de 300 pessoas recebem o implante do dispositivo na Bahia. No Hospital Português são realizadas em média 10 cirurgias desse tipo, por mês”, observa Dr. Luiz Magalhães, cardiologista e eletrofisiologista líder do Serviço.

Para identificar alterações na frequência cardíaca e sintomas que revelam a necessidade de cirurgia, o Hospital disponibiliza os exames de Eletrocardiograma, Holter e Teste Ergométrico. Essas avaliações são feitas no período pré-operatório podendo ser complementadas com exames laboratoriais de sangue (hemograma e coagulograma). Segundo os médicos, a operação para implante do aparelho é feita por um corte no tórax, na altura do ombro, que mede aproximadamente cinco centímetros. Pela fenda, o cirurgião introduz o sistema de eletrodos por meio de punção venosa com agulha, para que o dispositivo passe a interagir com o coração sendo conectado a uma bateria implantada embaixo da pele, na região torácica. A duração média do procedimento é de 40 minutos. Apenas em situações específicas (como nos casos de obstrução venosa e incapacidade de passagem do eletrodo pela veia) é necessário fazer uma abertura maior no tórax, com uso de anestesia geral.

Durante o período de um dia, tempo necessário à internação pós-cirúrgica, o paciente conta com a infraestrutura da Unidade de Pós-operatório do HP (UPC). “O paciente é liberado para levantar do leito no dia seguinte e, não havendo qualquer imprevisto, recebe alta hospitalar”, informa Dr. Alexsandro Fagundes, médico do Serviço de Arritmia do HP, especialista em estimulação cardíaca artificial pelo Instituto do Coração da USP. Entre os cuidados que o paciente deve adotar para favorecer o processo de recuperação o especialista destaca: evitar compressão no local, não dirigir e não carregar peso até a revisão feita ao final do primeiro mês. Quem recebeu um marcapasso também deverá evitar ao longo da vida os detectores de metal presentes em portas de bancos ou aeroportos e a realização de procedimentos como ressonância magnética, que fica proibido para quem possui o aparelho devido ao risco de interferências danosas.
“Tomadas essas precauções é possível manter a qualidade de vida e o bem-estar físico desses pacientes, que vão poder desempenhar suas atividades diárias, abrangendo inclusive a prática de atividades físicas como natação, cooper e ciclismo caso não possuam restrição na condição cardíaca”, ressalta Dr. Luiz Magalhães.