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HP: Atuação contínua no Controle das Infecções Hospitalares — Hospital Português da Bahia

11 de maio de 2012

HP: Atuação contínua no Controle das Infecções Hospitalares

11 May 2012

HP: Atuação contínua no Controle das Infecções HospitalaresO controle e a minimização de infecções no ambiente de hospitais e serviços de saúde ganha visibilidade no mês de maio com a passagem do Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar (15). A data chama a atenção da sociedade para a importância de adotar medidas adequadas à prevenção de contágios associados aos cuidados de saúde, visando preservar a segurança de pacientes e pessoas que trabalham ou transitam no ambiente de hospitais e unidades afins. Segundo o médico líder da Infectologia do Hospital Português, Dr. Alessandro Farias, a execução de protocolos de controle de infecções pelas equipes hospitalares – envolvendo desde a lavagem das mãos até o monitoramento dos fatores clássicos de risco –  ajuda a prevenir cerca de 30% dos eventos que podem ser evitados. “A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar visa justamente reduzir ao máximo os índices de complicações nos pacientes que estão sendo cuidados dentro de uma unidade de saúde e desempenha papel essencial na mobilização de todos os envolvidos com a causa”, observa. 

De acordo com o especialista, para manter os indicadores ideais de segurança do paciente da instituição filantrópica, a CCIH cumpre as determinações da ANVISA e acompanha a execução de um plano de ações anual, que abrange todos os setores da assistência. As atividades preventivas do Serviço incluem vigilância sanitária e epidemiológica (análise das principais infecções em cada serviço ou unidade, que orienta estratégias de conduta para redução das infecções mais prevalentes), classificação de infecção hospitalar, controle de surtos (estudo microbiológico para reconhecer as bactérias mais frequentes causadoras das infecções e traçar metas para tratamento adequado), notificação de infecção entre hospitais (na transferência de pacientes), análise de transferências externas de paciente, vigilância da qualidade da água utilizada na instituição traçando recomendações quando necessário, indicação de isolamentos, aplicação de auditoria semanal nas unidades críticas, visitas técnicas internas e externas (para avaliar a qualidade de suprimentos e serviços de fornecedores e empresas terceirizadas), controle diário do uso de antibióticos (para evitar o surgimento de bactérias mais resistentes e que dificultam o tratamento), atualização e validação de manuais, visitas multiprofissionais semanais às unidades fechadas de terapia intensiva (UTI, UCO, UTI Neonatal, UPC e Semi-intensiva), validação de reformas e plantas físicas, envio de relatórios à vigilância sanitária, além da realização de treinamentos e participação em Comissões e reuniões relacionadas à qualidade e segurança da assistência prestada aos pacientes.

O desenvolvimento das atividades é realizado por uma equipe de nove colaboradores (incluindo um infectologista consultor e coordenador, dois infectologistas atuantes, três enfermeiras, um auxiliar administrativo e dois estagiários). Dr. Alessandro Farias explica que, embora existam regras gerais que necessitam ser desenvolvidas e executadas pelos serviços de controle, o combate eficiente às infecções deve se adequar às necessidades da unidade de saúde. “Cada hospital possui suas próprias características: número de leitos, profissionais de saúde, leitos de UTI, condição de pacientes, ou seja, aspectos que denotam uma necessidade de individualização dos resultados”, diz, destacando a importância de engajamento de todos os profissionais da assistência nas ações desenvolvidas pela CCIH, para a conquista de resultados efetivos, ou seja, uma taxa controlada de infecções. “Todos devem ser controladores de infecção, pois esta é uma batalha coletiva e que necessita de esforços globalizados. Esse empenho vai permitir que o controle da infecção perdure, não sendo apenas uma conquista pontual”.

Para tanto, o especialista explica que os profissionais da área devem atentar diariamente para os fatores clássicos de risco de infecções no ambiente de unidades de saúde: realização de procedimento cirúrgico com incisão e uso de acessórios na assistência médico-hospitalar, tais como cateteres venosos, sonda vesical de foley e tubo orotraqueal. Usados para restabelecer a saúde do paciente, esses instrumentos requerem monitoramento e higienização adequada, conforme os protocolos estabelecidos para prevenção associada a cada um deles. “Os profissionais devem se perguntar sobre a real necessidade de manter um dispositivo de risco. O cateter venoso já pode ser retirado e as medicações passadas por via oral? Já é possível retirar hoje a sonda vesical para que o paciente urine por vias normais? Esse cuidado aliado ao plano de ações anual ajuda a preservar a segurança do paciente”, observa o infectologista. 

LAVAGEM DAS MÃOS: UM ATO SIMPLES PARA A REDUÇÃO DO RISCO DE INFECÇÃO

A higienização das mãos segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma atitude eficiente na prevenção e redução das infecções no ambiente hospitalar, que amplia a segurança de pacientes, profissionais e demais usuários dos serviços de saúde. Esse cuidado é enfatizado também no mês de maio, no Dia Mundial de Higienização das Mãos (05), com ações preventivas em todo o mundo. A disseminação do uso do álcool gel é uma delas. De acordo com a OMS, a substância se mostra mais eficaz na desinfecção das mãos que o sabonete líquido. Por isso, a entidade orienta os profissionais de saúde a higienizarem as mãos com o produto antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimentos invasivos, após risco de exposição a fluidos corporais e após contato com superfícies próximas ao paciente. Apesar da praticidade e eficiência do álcool gel, o uso do sabonete líquido não está descartado, devendo ser utilizado nas mesmas situações em caso de sujeira aparente nas mãos. “Essa é uma prática extremamente simples e de baixo custo que pode impactar significativamente na redução dos níveis de transmissão de infecções nas unidades de saúde, à medida que um maior número de profissionais faça uso dela”, alerta.