Palavra do Especialista: Linfoma — Hospital Português da Bahia
16 de junho de 2012
Palavra do Especialista: Linfoma
16 June 2012
O tipo de câncer denominado linfoma ganhou projeção nacional após a mídia divulgar os diagnósticos da doença recebidos pela presidente da república Dilma Rousseff (2009) e pelo ator Reynaldo Gianecchini (2011). A fama das duas personalidades contribuiu para a repercussão da notícia, mas também ajudou a esclarecer a patologia até então desconhecida do grande público. Hoje, a recuperação de ambos traz um alento para quem vivencia essa situação, derrubando o estigma vinculado ao tratamento de câncer. Além disso, o Instituto Nacional de Câncer informa que a Doença de Hodgkin é curável se tratada adequadamente. Dr. Marinho Marques, médico hematologista do Centro de Oncologia do Hospital Português, traz mais informações sobre as causas, sintomas e formas de tratamento disponíveis para o problema que afeta cerca de 9.000 brasileiros.
1. O que é linfoma? O linfoma é um tipo de câncer que acomete principalmente os linfonodos (estruturas do sistema linfático, importantes na defesa do organismo contra infecções). Pode ser dividido em dois grandes grupos: Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin. Esta diferenciação só pode ser feita após a análise do material da biópsia por um médico patologista, sendo fundamental também caracterizar o subtipo de linfoma (cada um dos dois grandes grupos citados acima apresenta vários subtipos).
2. Quais as causas do linfoma? Para a maioria dos linfomas ainda não há causas estabelecidas, entretanto existem alguns importantes fatores de risco, como: exposição a pesticidas e solventes, infecções por vírus como HIV, hepatite C, HTLV, terapias imunossupressoras, dentre outras.
3. Como a doença se apresenta? Em 1/3 dos casos a doença se apresenta como um aumento dos linfonodos na região da cabeça e/ou do pescoço, mas podem aparecer também nas axilas e virilhas e geralmente são indolores. É comum também a presença de sintomas como febre, perda de peso e/ou sudorese noturna.
4. Como se deve proceder diante da identificação dos sintomas? Deve-se procurar um médico, de preferência hematologista, para que o paciente seja adequadamente avaliado.
5. Quais os recursos disponíveis na atualidade para o diagnóstico dessa patologia? Antes de qualquer coisa, a pessoa com suspeita de linfoma deve ser avaliada por um médico especialista, que vai apurar de forma detalhada a história clínica do paciente e analisar a suspeita da doença. Se houver desconfiança, geralmente é indicada uma biópsia do linfonodo alterado, pois somente assim faz-se um diagnóstico com certeza. Outros exames complementares também são realizados, como: exames de laboratório, tomografias e, mais recentemente, o PET-scan, dentre outros disponíveis no Hospital Português.
6. Como é realizado o tratamento e quais as chances de cura? O tratamento na maioria dos casos é à base de quimioterapia, mas também pode ser utilizada a radioterapia em alguns casos. As chances de cura dependem do subtipo de linfoma que a pessoa apresenta.
7. O tratamento permite a manutenção da qualidade de vida e o bom desenvolvimento das atividades cotidianas? No geral, os pacientes apresentam melhora dos sintomas após o início da terapia. A depender da profissão, podem manter uma vida cotidiana sem muitas mudanças. Porém, algumas restrições são necessárias durante o tratamento para reduzir os riscos de infecções, tais como evitar aglomerações e adotar cuidados com a dieta.
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