Palavra do Especialista: Cálculo Renal — Hospital Português da Bahia
12 de julho de 2012
Palavra do Especialista: Cálculo Renal
12 July 2012
Conhecido como pedra nos rins, o cálculo renal também é chamado de cálculo urinário, litíase, nefrolitíase ou urolitíase. Estima-se que cerca de 10% a 15% da população baiana sofra do problema, que é mais frequente no homem do que na mulher e mais comum em adultos. Além disso, estudos indicam que a patologia eleva em 31% o risco de infarto. Dr. Cássio Pugas, especialista do Centro de Urologia do HP explica que há evidências crescentes de que a formação do cálculo renal está associada a problemas sistêmicos como a doença cardiovascular. O urologista destaca ainda a importância dos exames preventivos de rotina, do acompanhamento por especialistas capacitados e dos tratamentos disponíveis na atualidade. Confira a entrevista!
1. O que é cálculo renal? O cálculo urinário resulta do acúmulo de um ou mais minerais que se unem formando cristais nos rins ou em qualquer parte do aparelho urinário, podendo aumentar de tamanho. Embora ainda não exista um processo universal de formação que se aplique a todos os cálculos e pacientes, o modo como o mineral se acumula até se tornar um cálculo clinicamente evidente tem se mostrado semelhante.
2. Quais as causas de aparecimento? Qualquer condição clínica que leve a formação de uma urina supersaturada de minerais (cálcio, fosfato, oxalato, ácido úrico) pode predispor a formação de cálculos urinários. São os casos das doenças granulomatosas, hiperparatiroidismo, neoplasias, hipertiroidismo, acidose tubular renal, cirurgia bariátrica, dentre outras patologias predisponentes. Vale ressaltar que a hipercalciúria familiar idiopática é o distúrbio metabólico mais comum (acometendo de 30% a 60% dos pacientes).
3. Há sintomas clássicos do problema? Os sintomas mais comuns são dor abdominal e lombar, que variam conforme a anatomia do paciente, a localização e o tamanho do cálculo, dentre outros fatores. A dor geralmente é causada pelo estiramento do sistema coletor e ureter, e pela distensão da cápsula renal; geralmente tem um início agudo e abrupto, de forte intensidade, podendo acordar o paciente à noite. Podem ocorrer ainda náuseas e vômitos, hematúria macro ou microscópica (sangue na urina) e dificuldade de urinar acompanhada de dor. Febre associada representa emergência médica relativa, pelo risco de evolução para uma sepse urinária (infecção geral), condição clínica com alta morbimortalidade.
4. O surgimento de cálculo renal eleva a propensão ao risco de infarto? Existem evidências crescentes da relação dessa patologia com um número de problemas sistêmicos, incluindo doença cardiovascular e síndrome metabólica, tornando os portadores de cálculos urinários mais suscetíveis do que a população em geral à Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Infarto do Miocárdio e AVC.
5. O Hospital Português oferece quais recursos para diagnosticar essa patologia? Possuímos todos os recursos necessários para diagnosticar o cálculo renal: Serviço de Emergência Geral altamente preparado e experiente, Serviço de Bioimagem competente e com as mais avançadas tecnologias, Serviço de Medicina Laboratorial ágil e eficiente, além dos Serviços de Urologia e Nefrologia compostos pelos mais gabaritados profissionais da saúde.
6. Como é feito o tratamento de cálculo renal no Serviço de Litotripsia do HP? O Serviço de Litotripsia Extracorpórea do HP atende pacientes da capital e do interior do Estado por vários convênios e SUS. A avaliação clínica inicial é agendada pelo Centro de Urologia do HP nos telefones 71 3203-3485 e 3203-3486. Cada caso é analisado individualmente. Em seguida é feita a triagem dos pacientes com indicação para esse tipo de tratamento, que são encaminhados para as sessões com acompanhamento médico durante todo período de terapia. Concluído o tratamento, o paciente é reencaminhado para o seu urologista.
7. De que forma as ondas eletromagnéticas atuam na cura do problema? Durante a sessão, o cálculo renal é localizado com o uso de ultrassonografia e/ou fluoroscopia. Ondas de choque emitidas pelo avançado aparelho Dornier HM-2 atingem o cálculo e quebram a pedra, que é eliminada em pequenos fragmentos através da urina. Hoje, com a evolução tecnológica, o paciente pode usufruir de sessões pouco dolorosas e mais confortáveis.
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