Notícias Fique por dentro das novidades

Pós-operatório Cardiovascular — Hospital Português da Bahia

8 de agosto de 2012

Pós-operatório Cardiovascular

08 August 2012

Pós-operatório CardiovascularA Medicina evoluiu e, hoje, o tratamento das patologias vasculares e cardíacas conta com técnicas cirúrgicas convencionais e também minimamente invasivas. Apesar desse avanço, o cuidado pós-cirúrgico permanece como uma etapa importante para o sucesso do procedimento e a plena recuperação do paciente. Atento a esse momento de necessidades particulares, o Hospital Português criou há oito anos uma unidade específica para o restabelecimento físico das pessoas submetidas a intervenções cardíacas e do sistema circulatório: a Unidade de Pós-operatório Cardiovascular – UPC. “Nessa Unidade o paciente recebe os cuidados de uma equipe de assistência capacitada, dispondo dos mais avançados equipamentos para monitorização do quadro clínico pós-cirúrgico”, observa Dra. Rebecca Reis França, vice-coordenadora da UTI Cardíaca do HP.

A especialista destaca que a chegada do paciente à Unidade é norteada por uma abordagem sistemática – identificação do histórico clínico e das medicações usadas no pré-operatório, seguida da realização de avaliações complementares – visando tornar o monitoramento pós-cirúrgico eficiente. A extubação (retirada dos acessórios que permitem a respiração do paciente) ocorre no máximo 6 horas após a cirurgia, para evitar riscos de infecções respiratórias. “Nesse período o paciente passa por uma avaliação inicial, recebendo diariamente o acompanhamento médico e de fisioterapeutas até que o seu quadro seja considerado ideal para a alta hospitalar”, observa.

Para otimizar o processo de recuperação, a equipe multidisciplinar de assistência, composta por médicos cardiologistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, segue rotinas de atuação com padrão internacional, adequadas às necessidades do ambiente. Protocolos de profilaxia para infecções, determinados pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares; de lesões de pele, definido pelo Grupo de Pele do HP; de qualidade; de controle de glicemia no pós-operatório e de gerenciamento de risco para tromboembolismo venoso (TEV) e pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV), são alguns exemplos. “Essa rotina sistematizada permite que a Unidade mantenha taxas mínimas de reinternamento e de infecção hospitalar”, observa a cardiologista, informando que o diálogo da equipe multidisciplinar também exerce papel relevante no acompanhamento do paciente, contribuindo para a redução de morbimortalidade.

Dispondo de profissionais preparados e experientes no atendimento intensivista, a UPC acolhe os pacientes com o que há de mais moderno em aparelhos nessa área: respiradores de última geração, monitores multiparametricos (que permitem monitorar o estado clínico do paciente) e bombas de infusão modernas (que proporcionam melhor aplicação de medicações e o rápido deslocamento entre setores). Oito leitos são disponibilizados para internação, sendo dois deles destinados ao isolamento de pacientes diagnosticados com infecção ou bactérias resistentes. Segundo a médica, a classificação de risco de mortalidade, que avalia a gravidade do paciente em 24 horas, também é estabelecida internacionalmente. “No pós-operatório o paciente realiza uma série de exames essências ao diagnóstico da sua condição clínica, incluindo avaliações laboratoriais básicas e cardiológicas específicas para cada faixa etária. Essa análise minuciosa confere segurança e controle dos riscos, possibilitando que o tempo médio de internação na Unidade seja de dois dias”, informa.