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Palavra do Especialista: Primeiros Socorros — Hospital Português da Bahia

3 de setembro de 2012

Palavra do Especialista: Primeiros Socorros

03 September 2012

Palavra do Especialista: Primeiros Socorros1. Na Bahia, quais são as principais patologias responsáveis por situações de emergência médica?
As doenças cardiovasculares – infarto agudo do miocárdio (IAM), Angina pectoris (dor no peito causada pela baixa oxigenação do músculo cardíaco), edema agudo de pulmão (EAP), arritmias e acidente vascular cerebral (AVC) – são as principais causas de emergências médicas na Bahia. Essa realidade não difere na incidência geral do país, pois dados recentes do DataSUS mostram que 35% das mortes no Brasil são por doenças cardiovasculares.

2.  Como uma pessoa leiga pode identificar a situação de emergência médica?
Quando alguém não respira bem, ou está desacordado, significa que se trata de um caso de emergência médica.

3. Qual a forma correta de prestar os primeiros socorros a vitima, a fim de evitar sequelas e mortes? Qualquer pessoa deve proceder dessa maneira? 
Qualquer pessoa leiga pode dar suporte básico de vida, para isto é necessário um curso básico. Apesar desta realidade não se aplicar na Bahia, devido a esta região já possuir uma politica pública de ajuda nos casos de emergência, alguns passos são úteis para uma situação de emergência e podem ser feitos por leigo:
1. Mantenha a pessoa em repouso: semi-sentado
2. Facilite a respiração da vítima (mantenha as vias aéreas abertas)
3. Acalme a vitima
4. Chame por socorro especializado
5. Afrouxe as roupas da pessoa, para proporcionar conforto

4.  Como a agilidade no atendimento pode favorecer a sobrevida da vítima?
A prioridade em um atendimento de emergência, isto é, a sua rapidez e eficiência podem mudar os resultados: preservar a vida do paciente ou ainda evitar sequelas irreversíveis.

5. Muita gente confunde os casos de urgência e emergência médicas. O que difere essas situações?
A situação de emergência implica no risco de vida imediato. O paciente deve ser assistido imediatamente ou em poucos minutos. Alguns exemplos são as doenças cardiovasculares (IAM, angina pactoris, EAP, arritmias), as doenças respiratórias (insuficiência respiratória), as doenças neurológicas (desmaio, convulsão, AVC, coma), as doenças gastrointestinais com hemorragia digestiva, choque elétrico, politraumatismos, afogamento e anafilaxia.

Já o caso de urgência representa uma situação médica que não pode ser adiada, deve ser logo resolvida, porém sendo menos imediatista que a emergência. Contudo, a conduta deve ser rápida, pois a não intervenção médica pode levar a sequelas irreversíveis. São exemplos: dores abdominais, cefaleias súbitas, febre alta, cólica nefrítica, cólicas biliares, vômitos repetidos, ferimentos profundos ou múltiplos, sonolências, crise de pressão e fraturas sem ruptura da pele.

6. O Hospital Português atende quais situações de urgência e emergência médicas? 
Estamos bem preparados para assistir os casos de urgências e emergências. Atendemos a todos os casos descritos acima.

7. A instituição segue quais protocolos para prestar esse tipo de assistência?
Usamos a Classificação de Risco por Cores adotada internacionalmente nos Serviços de Urgência e Emergência, baseada no Protocolo de Manchester – que visa orientar a triagem de atendimento do paciente, priorizando a assistência emergencial. Assim, cada cor corresponde ao grau de prioridade clinica do paciente. Situações de risco (emergência) têm cor vermelha, indicando que o atendimento deve ser imediato. Casos urgentes são sinalizados de amarelo, para que o atendimento ocorra dentro de uma hora. Nas situações de menor gravidade ou não urgentes a cor padrão é o verde, que indica o atendimento em quatro horas ou ainda, nas situações especiais de superlotação, em até seis horas. Esse sistema é muito adequado a atual realidade de sobrecarga dos prontos-socorros devido à carência de leitos hospitalares por habitante no país.

8. Como é possível evitar situações de urgência e emergência médicas?
Estabelecer vínculos com um médico de confiança, manter o check-up clínico e o acompanhamento da saúde em dia ajudam a evitar essas situações. A prevenção e a informação são essenciais. É de fundamental importância que as pessoas procurem o serviço de emergência apenas nas situações indicadas.