Dormir bem é possível — Hospital Português da Bahia
1 de outubro de 2012
Dormir bem é possível
01 October 2012
Se você tem dificuldades para dormir após um dia intenso de atividades, saiba que não está sozinho nesta batalha. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, 30% dos brasileiros enfrentam o mesmo problema. Além da insônia, a entidade aponta mais de 70 patologias associadas ao sono – disfunções hormonais; baixa imunidade; alterações sensoriais; sonolência diurna excessiva e comprometimento severo das funções metabólicas, intelectuais e cognitivas, especialmente, a memória e o aprendizado. A boa notícia é que um exame minucioso tem ajudado a identificar quais transtornos interferem na qualidade do repouso diário, oferecendo subsídios importantes para a definição do tratamento individualizado: a Polissonografia. “Esse exame é considerado padrão ouro no diagnóstico de doenças associadas ao sono. Em uma noite completa de monitorização, permite não apenas estabelecer o diagnóstico e a gravidade do distúrbio do sono, mas, sobretudo, orientar a escolha da melhor opção terapêutica para reverter esta situação desfavorável”, informa o coordenador médico do Laboratório do Sono do Hospital Português e presidente da Associação Brasileira do Sono, Dr. Francisco Hora Fontes.
A avaliação registra múltiplas variáveis fisiológicas durante o sono – respiração, oxigenação sanguínea (oximetria), movimentação dos olhos (eletrooculograma), ronco, posição corporal, atividade muscular (eletromiograma) e atividade elétrica cerebral (eletroencefalograma). Tal detalhamento permite identificar os fatores que prejudicam o sono – como sonambulismo, falar ou chutar ao dormir, sono excessivo – e aqueles que contribuem para o desenvolvimento de diferentes formas de insônia e de distúrbios respiratórios do sono (roncos, apneias e hipopneias). “A obstrução das vias aéreas superiores, parcial (hipopneias) ou total (apneia), é um dos problemas mais comuns ao dormir. Recentemente, um estudo revelou que a síndrome da apneia obstrutiva do sono afeta 32,8% da população de uma metrópole como São Paulo, enquanto cerca de 34% sofre de insônia”, compara, advertindo que o estresse, o sedentarismo, o tabagismo, a obesidade e um ambiente inadequado para a hora de dormir têm relação com esses resultados.
Para quem passa noites seguidas insones, a Polissonografia acena uma possibilidade de resgate do bem-estar. A avaliação é bastante simples e pode ser feita a partir dos 12 anos de idade. O Laboratório do Sono do Hospital Português dispõe de equipamentos de alta tecnologia para monitoração multiparamétrica do sono, suítes individualizadas com ar condicionado e acompanhamento de profissionais treinados exclusivamente para o procedimento, oferecendo a infraestrutura adequada para o repouso confortável e tranquilo do paciente durante a noite. Seis horas de sono proporcionam conteúdo suficiente para a análise médica. “Ao longo da vida perdemos sono em quantidade e em qualidade. A grande maioria dos adultos jovens dorme em torno de 8 horas por dia, sendo o suficiente para um repouso saudável. Existem exceções, geralmente hereditárias – famílias de ‘dormidores curtos’ (menos de 6 horas/dia) e de ‘dormidores longos’ (mais de 8 horas/dia)”, observa o médico. Benefícios proporcionados pelo sono Dr. Francisco Hora lembra que o sono tem funções regenerativas e sistêmicas imprescindíveis à vida: regulação do apetite, do peso, dos níveis glicêmicos, da pressão arterial, da produção de anticorpos, do crescimento, da libido, entre outras. Também é o mais importante mantenedor da integridade do sistema nervoso, refletindo no humor e na inteligência. Graças à função termorreguladora do sono, o corpo humano mantém a sua temperatura. “Em resumo, podemos sobreviver a mais tempo sem comer ou beber água do que sem dormir. A ausência absoluta de sono é incompatível com a vida. Quem sofre com distúrbios desta natureza sabe que tratá-los é o primeiro passo para reconquistar uma vida saudável plena”.
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