Uma nova perspectiva se apresenta na atualidade quando o assunto é diagnóstico e tratamento de aneurismas cerebrais. Se antes a descoberta da patologia acontecia em condições extremas ocasionadas pela ruptura da artéria dilatada, hoje, modernas técnicas de imagem não invasivas e de risco mínimo detectam com alta sensibilidade até os aneurismas de diâmetro pequeníssimo. Exemplos disso são a angiotomografia e a angioressonância dos vasos cerebrais. “O aneurisma intracraniano que ainda não rompeu (e uma pequena parcela deles de fato se rompe durante a vida) não gera qualquer sintoma na maioria absoluta dos casos. Por isso, esses exames representam uma transformação importante na forma de diagnosticar e tratar a patologia”, destaca Dr. Eduardo Mello, médico neurorradiologista intervencionista líder da especialidade no Hospital Português. Ele informa que o parecer médico também conta com avançados recursos complementares, como a angiografia cerebral – exame considerado padrão-ouro para o diagnóstico e planejamento terapêutico dos aneurismas.
A possibilidade de tratar uma artéria intracraniana dilatada de forma programada, antes do rompimento súbito, muda completamente as perspectivas de recuperação e de sobrevida do paciente. Isto porque quando o aneurisma se rompe dá origem a outra patologia de extrema gravidade, chamada hemorragia subaracnóidea, um dos tipos de AVC hemorrágico de maior risco para a vida. De acordo com o especialista, nessas situações aproximadamente 12% dos pacientes não conseguem chegar com vida ao atendimento médico, sendo acometidos pela chamada morte súbita. Outros 50%, quando não tratados, podem falecer em cerca de um mês. Dos sobreviventes, uma parcela significativa apresenta sequelas neurológicas graves. “Excluindo-se as patologias cardíacas, a hemorragia subaracnóidea é uma importante causa de morte súbita em pacientes jovens, em idade produtiva”, reforça Dr. Thiago Abud, também especialista do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do HP.
TRATAMENTO DE ANEURISMAS CEREBRAIS NÃO ROMPIDOS
Após o diagnóstico de um aneurisma que não rompeu, cabe ao médico neurocirurgião ou ao neurorradiologista intervencionista decidir realizar ou não o tratamento. Esta escolha é tomada com base na localização da artéria dilatada, no tamanho, na morfologia e na relação com as artérias normais do cérebro. Fatores clínicos próprios do paciente – história de hipertensão arterial sistêmica, tabagismo, idade, história familiar de aneurismas, outras doenças associadas – e também a opinião do paciente e de familiares, devidamente esclarecidos dos riscos e benefícios da terapia, influenciam nesta decisão. “Todos esses fatores, de forma individualizada, ajudarão a mensurar os riscos para o paciente, e deverão ser confrontados ao risco de ruptura do aneurisma caso este não seja tratado. Se a indicação não for de tratamento, esse paciente deverá ser acompanhado com exames periódicos de imagem, já que os aneurismas podem aumentar de tamanho”, adverte Dr. Eduardo Mello.
Hoje, duas técnicas avançadas permitem tratar aneurismas não rompidos com maior segurança para o paciente. A neurocirurgia convencional, realizada pelo neurocirurgião, e o tratamento endovascular também conhecido como embolização, que é realizado pelo neurorradiologista intervencionista na sala de hemodinâmica. Acompanhando os avanços nesta área médica, o Hospital Português realiza as duas técnicas, dispondo de toda tecnologia em equipamentos de última geração e profissionais especialistas no diagnóstico e tratamento dos aneurismas cerebrais. Modernas Unidades de Terapia Intensiva dão o suporte completo nos casos de hemorragia subaracnóidea, minimizando o risco de morte ou de sequelas. “Esses recursos conferem maior segurança ao tratamento do aneurisma intracraniano que ainda não se rompeu, possibilitando que o tratamento ocorra quando os riscos são muito menores”, avalia o neurorradiologista.
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