Guia do Viajante Saudável — Hospital Português da Bahia
24 de janeiro de 2013
Guia do Viajante Saudável
24 January 2013
As malas prontas indicam que as férias de verão chegaram. Além da bagagem, o turista deve carregar consigo alguns cuidados essenciais com a saúde para usufruir os dias de lazer. Médicos de diferentes especialidades do Hospital Português ajudaram a elaborar este Guia do Viajante Saudável, com orientações para a conduta correta em situações de emergência e a prevenção de ocorrências comuns nesta época do ano: conjuntivite, intoxicações e infecções, micoses, acidentes esportivos, entre outras. “Fazer um check-up clínico multidisciplinar antes da viagem, incluindo exames de imagem, além de avaliações cardiológica, ortopédica e laboratoriais de rotina ajuda a evitar imprevistos nas férias com a família”, observa Dr. Márcio Peixoto, médico clínico geral e geriatra do HP. Confira o que dizem os outros especialistas.
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR E DESIDRATAÇÃO O momento da refeição é sempre uma oportunidade de descoberta de paladares típicos numa viagem. Mas, ao escolher o cardápio o turista deve avaliar o risco de intoxicação causada por alimento ou água contaminada. “A escolha da alimentação deve ser cautelosa, sobretudo de comida crua ou manipulada por terceiros. Além da lavagem das mãos antes das refeições, é importante checar a procedência do alimento, a higienização no manejo e sua forma de conservação. A qualidade da água usada no gelo também deve ser considerada. Observando esses aspectos é possível evitar o contágio por bactérias como a Salmonella Typhi – causadora da febre tifoide – ou ainda de agentes infecciosos prejudiciais ao trato digestivo”, adverte o líder da Infectologia do HP, Dr. Alessandro Farias.
O médico explica que alimentos contaminados podem provocar quadros graves de infecção intestinal com risco de desidratação. Nessas situações, ele orienta buscar um serviço especializado como a Emergência Geral do HP, que oferece equipe experiente e qualificada, além de toda estrutura necessária ao atendimento de casos de média e alta complexidade.
CONJUNTIVITE Os olhos desempenham papel importante na apreensão de sensações e novas experiências, especialmente durante uma viagem. Para não ser surpreendido por uma conjuntivite justamente neste momento de lazer vale atentar para os fatores de risco de contágio desta infecção: banho em piscinas e contato direto do olho com toalhas, lenços e mãos contaminadas por vírus ou bactérias transmissoras. “A conjuntivite viral é a mais comum e contagiosa, mas a patologia também pode ser causada por bactérias, reação alérgica, reação autoimune, produtos químicos, entre outros fatores. É comum a sensação de corpo estranho no olho, lacrimejamento, fotofobia, dor e/ou ardor”, explica Dr. Carlos Eduardo Borges Souza, médico oftalmologista e um dos líderes do Serviço Especializado em Oftalmologia do HP. Ele observa que a história clínica e o exame médico são essenciais para o diagnóstico preciso e tratamento adequado, já que os diferentes tipos de conjuntivite requerem tratamentos distintos. “A automedicação ou o tratamento empírico podem ser extremamente danosos ao paciente, causando complicações e agravamento do quadro”, alerta.
A investigação completa das diferentes formas de conjuntivite, o tratamento e acompanhamento adequados devem ser feitos por especialistas da área. “O Serviço de Oftalmologia do HP dispõe de corpo clínico altamente capacitado e inovações tecnológicas para o diagnóstico e tratamento dos casos de conjuntivites e das demais doenças oculares”, destaca o oftalmologista.
MICOSE, INSOLAÇÃO E CÂNCER DE PELE Quem optou por um destino ensolarado como a região nordeste do país deve intensificar os cuidados com a pele, para evitar micoses, insolação e câncer de pele. Este é o conselho do dermatologista do Centro Médico HP, Dr. Ruy Botelho.
A prevenção de micoses, também conhecidas como frieiras e pé de atleta, deve ser feita secando-se bem o corpo após o banho, sobretudo áreas com dobras (como entre os dedos), evitando ficar descalço ou compartilhar calçados, toalhas e roupas. Isto porque o calor da alta estação associado à umidade cria o ambiente propício para mais de 100 espécies de fungos, responsáveis pela infecção. Ardência, coceira e alterações cutâneas como vesículas, fissuras e descamação, são as reações mais comuns.
O kit de proteção do turista também deve incluir chapéus, óculos e loções com fator de proteção solar (FPS) adequado ao tom de pele, para evitar os raios ultravioletas. O especialista ainda orienta ingerir 2 litros de água diariamente e respeitar os horários indicados para exposição ao sol – até às 10h e a partir das 16h. O protetor solar deve ser aplicado meia hora antes de ir à praia e reaplicado assim que chegar ao local e a cada hora e meia. Mesmo na sombra, o uso do filtro é indispensável e deve ser usado diariamente, não apenas quando se vai à praia. “Um dos efeitos da exposição excessiva ao sol é a insolação, caracterizada por sintomas como queimadura, bolhas, tontura, desidratação, dor de cabeça e falta de ar. Contudo, o maior risco associado é o câncer de pele, cujo tipo mais perigoso é o melanoma”, adverte.
INFLAMAÇÕES DE OUVIDO, NARIZ E GARGANTA Nada pior do quer ter a animação das férias comprometida por inflamações alérgicas ou virais nas vias áreas – gripes, resfriados e rinossinusites. Quando as vítimas são as crianças, os pais definitivamente dão adeus ao sossego. Antes de sucumbir à tentação de usar medicações por conta própria, procure a avaliação de um especialista para o diagnóstico correto e a indicação do tratamento apropriado. “A automedicação pode levar muitas vezes a um falso controle clínico, facilitando complicações e criando resistência bacteriana”, adverte Dra. Loren Britto, médica do Serviço de Otorrinolaringologia do HP, que presta assistência pediátrica e para adultos.
Ela observa que na própria Emergência de Otorrinolaringologia da instituição são administradas medicações para controle rápido dos sintomas, com continuidade do tratamento em casa e acompanhamento periódico em ambulatório. “Além das situações de emergência, realizamos consultas clínicas de pacientes de todas as faixas etárias. O tratamento é muito individualizado e depende da causa da patologia”, observa.
ESPORTES DE VERÃO Frescobol, futevôlei, futebol de areia e corrida estão entre as atividades mais praticadas no verão. Porém, para esportistas amadores, pessoas sedentárias ou que se exercitam esporadicamente a palavra de ordem é moderação. De acordo com o líder do Serviço de Emergência em Ortopedia e Traumatologia do HP, Dr. Ricardo Costa, a falta de condicionamento físico, associada à prática de atividades de impacto e repetição de movimentos inadequados, podem provocar lesões ortopédicas em articulações, músculos, ossos, tendões e ligamentos.
Para evitar essas situações o especialista indica atividades leves como caminhada ou ciclismo, que fortalecem o complexo articular formado por ligamentos, tendões, músculos e ossos. Nas atividades de alto impacto ele recomenda acompanhamento especializado. “Antes de qualquer atividade física é necessário aquecer os músculos e as articulações com alongamentos para evitar contusões. Mas, também é preciso respeitar os próprios limites e interromper a atividade diante de qualquer indício de desconforto”, informa, destacando que a Unidade de Emergência Ortopédica do HP oferece assistência completa – com profissionais altamente qualificados nas subespecialidades de coluna, joelho, quadril, pé, ombro e trauma.
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