Menopausa
08 March 2013
A chegada à menopausa desencadeia uma série de reações físicas e comportamentais em boa parte das mulheres. Irregularidade e suspensão do ciclo menstrual, mudanças de humor, fogachos (ondas de calor repentino seguido de suor frio), alterações da lubrificação vaginal e do desejo sexual, insônia, alterações de peso, pele, cabelo e unhas; são algumas das sensações que podem ser experimentadas quando os ovários deixam de produzir os hormônios estrógeno e progesterona, geralmente entre os 45 e 55 anos de idade. Embora esta seja uma fase natural da vida feminina, os sintomas não são sentidos por todas as mulheres. Para aquelas que percebem algum tipo de desconforto, a medicina oferece tratamento eficaz para suavizar os sintomas e restituir o bem-estar.
O primeiro passo é buscar ajuda especializada, que pode ser obtida inicialmente consultando um médico ginecologista ou endocrinologista. “Algumas mulheres se queixam dos impactos da menopausa nas relações afetivas, familiares ou profissionais. Nesses casos, a terapia especializada é o caminho indicado para resgatar a qualidade de vida”, orienta o ginecologista obstetra do Centro Médico Hospital Português e da Maternidade Santamaria, Dr. Leonardo Rezende. Segundo o especialista, esse acompanhamento individualizado é essencial para minimizar os danos ao bem-estar feminino na meia idade e devolver a sensação de conforto. A terapêutica é definida considerando as necessidades, os riscos e os benefícios para cada mulher. “Normalmente, a paciente participa das escolhas após ser bem informada pelo seu médico, e é feito um acompanhamento criterioso para definir as mudanças ou interrupções nos tratamentos instituídos”, diz.
Para a mulher, o acompanhamento especializado – e muitas vezes multidisciplinar, como ocorre no Hospital Português – é um diferencial que potencializa as chances de bons resultados do tratamento. Avaliações clínicas (preventivo ginecológico), exames complementares de laboratório e de imagem permitem o maior aprofundamento da situação clínica feminina para definição da terapêutica individual mais adequada. Na terapia de reposição hormonal, por exemplo, a avaliação multidisciplinar de ginecologistas e endocrinologistas é fundamental para evitar os riscos de efeitos colaterais. “Essa terapia alivia os sintomas da menopausa, mas existem contraindicações que devem ser avaliadas individualmente. A duração também é variável e depende de como o médico observa a resposta clínica da paciente”, explica o endocrinologista do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do HP e membro da diretoria executiva da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Bahia, Dr. Joaquim Custódio Júnior. Outras possibilidades terapêuticas na menopausa são a reposição de cálcio e/ou vitamina D para a prevenção de problemas ósseos. Ambas requerem acompanhamento especializado para comparação dos riscos e benefícios.
O tratamento inclui ainda mudanças no estilo de vida feminino, com a prática regular de atividade física e o consumo de alimentos saudáveis. “Ao buscar orientação especializada, a mulher amplia as chances de vivenciar a menopausa com bem-estar e possibilita a prevenção de outras doenças, tais como infecções urinárias de repetição, câncer de colo de útero, osteoporose e câncer de mama”, alerta Dr. Leonardo Rezende.