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Câncer Colorretal — Hospital Português da Bahia

17 de abril de 2013

Câncer Colorretal

17 April 2013

O câncer colorretal é a terceira causa mais comum de câncer no mundo e a segunda que mais mata. Tem prevalência semelhante entre homens e mulheres quando localizado no cólon, sendo mais comum entre homens quando encontrado no reto. Em geral, a incidência de câncer de cólon se dá no reto, sigmóide, descendente, ascendente e transverso.
Os principais fatores de risco deste tipo de câncer envolvem sedentarismo, obesidade, dieta rica em carne vermelha e pobre em fibras, hereditariedade e pólipos (lesões pré-malignas).
Os sintomas clássicos do câncer colorretal englobam sangramento (vermelho vivo) pelo ânus, alteração do hábito intestinal (como paciente ressecado que passa a apresentar diarréia), diminuição do calibre das fezes, muco nas fezes, tenesmo (sensação de evacuação incompleta), anemia e perda de peso. Vale salientar que pacientes acima de 50 anos com história de anemia e/ou perda de peso devem sempre investigar todo o trato digestivo principalmente o cólon. O processo investigatório nessa população é essencial. 
A doença pode ser diagnosticada no consultório médico, através da palpação do abdômen onde é possível notar a massa tumoral, ou ainda pelo toque retal no qual o especialista consegue palpar o câncer de reto. Outros meios diagnósticos são: a pesquisa de sangue oculto nas fezes, a retossigmoidoscopia rígida ou flexível (exames endoscópicos) e a colonoscopia. Este último é o mais importante, pois investiga todo o cólon e pode ser terapêutico, proporcionando a realização de biópsias, retirada de pólipos ou ressecção de tumores iniciais quando necessário.
O tratamento principal é cirúrgico. Quer seja por via endoscópica (colonoscopia, onde se consegue ressecar tumores iniciais, que acometem apenas a mucosa e são passíveis de cura); por laparotomia exploradora, que consiste na abertura do abdômen e retirada de parte do intestino grosso (cólon); por vídeolaparoscopia, técnica na qual pequenas incisões são feitas no abdômen para passagem de instrumental especial para a retirada de parte do cólon; ou ainda por amputação abdomino-perineal, onde retira-se o reto e o ânus e o paciente passa a viver com colostomia definitiva (exposição do cólon para o meio). 
Recentemente, vem-se aplicando uma técnica no nosso Serviço de Coloproctologia do HP: a Microcirurgia Transanal por via Endoscópica – TAMIS. Nesta técnica, os tumores são retirados do reto via laparoscopia evitando a amputação abdomino-perineal. A quimioterapia e radioterapia podem ser utilizadas como terapias complementares após o tratamento cirúrgico e como alternativas para tumores avançados, onde a cirurgia não está mais indicada e podemos proporcionar ao doente uma sobrevida com dignidade.
A melhor maneira de descobrir precocemente este tumor é realizando exames preventivos e procurando um médico coloproctologista, sobretudo pessoas na faixa dos 50 anos. Contudo, quaisquer dos sintomas citados devem ser investigados, em todas as idades. 
*Médico cirurgião geral e coloproctologista do Serviço de Coloproctologia do Hospital Português.