O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado em 26 de maio, chama a atenção para a necessidade de prevenir uma das patologias mais sérias que afeta a visão. As chances de desenvolver a doença são maiores com o envelhecimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a patologia afeta até 2% da população, mas após os 70 anos de idade esse índice sobre para aproximadamente 7%. Quando não diagnosticado e tratado, o glaucoma causa importantes alterações no campo visual e até cegueira. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia – SBO revela que a doença é a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. Dra. Lilian Archanjo, médica oftalmologista do Serviço de Oftalmologia do HP e especialista em Glaucoma pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, fornece nesta entrevista mais informações sobre formas de prevenção, sintomas e tratamento do glaucoma em todas as idades. Confira!
1. O que é glaucoma?
A neuropatia óptica glaucomatosa é uma doença multifatorial crônica que, apesar de não ter cura, é controlável na maioria dos casos. Nessa patologia ocorre morte de fibras do nervo óptico, podendo, se não controlada, ocorrer perda progressiva da visão e até cegueira.
2. Quem tem maior propensão de desenvolver esta doença?
Pessoas que apresentam algum dos seguintes fatores de risco:
– herança genética;
– idade superior a 40 anos;
– ser negro (as pessoas afrodescendentes tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média da população e a probabilidade de serem afetadas é quatro vezes maior, em relação às pessoas de pele branca);
– alto grau de miopia;
– diabetes;
– trauma ocular e doenças inflamatórias oculares (como as uveítes).
3. Crianças também podem ser afetadas pelo glaucoma?
Sim, apesar de ser mais raro. No glaucoma congênito a criança nasce com glaucoma e geralmente apresenta sintomas bem característicos: sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado, e córnea grande e opacificada. Já no glaucoma juvenil, os indivíduos podem apresentar pressão ocular elevada e dano de nervo óptico desde a adolescência.
4. Há algum tipo de atitude preventiva que pode ser adotada?
Avaliação oftalmológica periódica, evitar uso indiscriminado de corticoide (sobretudo, o uso leviano de medicações, inclusive colírios, sem orientação médica).
5. Quais sinais podem revelar a doença em seu estágio inicial?
O maior problema do glaucoma está exatamente nesse ponto. No tipo de glaucoma mais comum (glaucoma primário de ângulo aberto) a doença é silenciosa e quando os sintomas são notados pelo paciente, já há grande comprometimento visual. Portanto, a prevenção, através de avaliações oftalmológicas regulares, é fundamental.
No glaucoma de ângulo fechado os sintomas são repentinos com dor intensa, intolerância à luz, lacrimejamento, náuseas, vômitos, etc. Essa patologia caracteriza-se, portanto, numa emergência, pois se não tratada a tempo pode evoluir para grave comprometimento visual num curto espaço de tempo.
Já no glaucoma congênito, o pediatra reconhece os sintomas após o nascimento. Nesses casos, a criança apresenta grande sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado, e córnea grande e opacificada, devendo ser encaminhada ao especialista com brevidade.
6. Qual a orientação para quem possui estes sintomas?
Nos casos de glaucoma de ângulo fechado (que causa dor intensa, fotofobia, lacrimejamento, náuseas, vômitos, entre outros sintomas) deve-se procurar uma emergência o mais rápido possível.
No glaucoma congênito, as crianças devem ser encaminhadas o quanto antes para um especialista, pois o tratamento precoce melhora muito o prognóstico desses pacientes.
7. Existem recursos na atualidade capazes de curar o glaucoma?
Ainda não há cura para o glaucoma, apesar dos métodos diagnósticos e terapêuticos terem avançado muito, permitindo o diagnóstico precoce e o tratamento mais efetivo.
8. O HP oferece quais recursos para tratar os pacientes com esta patologia?
O HP oferece nas suas instalações atendimento especializado em glaucoma, utilizando recursos diagnósticos de ponta, assim como tratamento clínico e cirúrgico.
O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, comemorado em 26 de maio, chama a atenção para a necessidade de prevenir uma das patologias mais sérias que afeta a visão. As chances de desenvolver a doença são maiores com o envelhecimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde a patologia afeta até 2% da população, mas após os 70 anos de idade esse índice sobre para aproximadamente 7%. Quando não diagnosticado e tratado, o glaucoma causa importantes alterações no campo visual e até cegueira. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia – SBO revela que a doença é a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. Dra. Lilian Archanjo, médica oftalmologista do Serviço de Oftalmologia do HP e especialista em Glaucoma pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, fornece nesta entrevista mais informações sobre formas de prevenção, sintomas e tratamento do glaucoma em todas as idades. Confira!1. O que é glaucoma?A neuropatia óptica glaucomatosa é uma doença multifatorial crônica que, apesar de não ter cura, é controlável na maioria dos casos. Nessa patologia ocorre morte de fibras do nervo óptico, podendo, se não controlada, ocorrer perda progressiva da visão e até cegueira. 2. Quem tem maior propensão de desenvolver esta doença?Pessoas que apresentam algum dos seguintes fatores de risco:- herança genética;- idade superior a 40 anos; – ser negro (as pessoas afrodescendentes tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média da população e a probabilidade de serem afetadas é quatro vezes maior, em relação às pessoas de pele branca);- alto grau de miopia;- diabetes;- trauma ocular e doenças inflamatórias oculares (como as uveítes).3. Crianças também podem ser afetadas pelo glaucoma?Sim, apesar de ser mais raro. No glaucoma congênito a criança nasce com glaucoma e geralmente apresenta sintomas bem característicos: sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado, e córnea grande e opacificada. Já no glaucoma juvenil, os indivíduos podem apresentar pressão ocular elevada e dano de nervo óptico desde a adolescência.4. Há algum tipo de atitude preventiva que pode ser adotada?Avaliação oftalmológica periódica, evitar uso indiscriminado de corticoide (sobretudo, o uso leviano de medicações, inclusive colírios, sem orientação médica).5. Quais sinais podem revelar a doença em seu estágio inicial?O maior problema do glaucoma está exatamente nesse ponto. No tipo de glaucoma mais comum (glaucoma primário de ângulo aberto) a doença é silenciosa e quando os sintomas são notados pelo paciente, já há grande comprometimento visual. Portanto, a prevenção, através de avaliações oftalmológicas regulares, é fundamental.No glaucoma de ângulo fechado os sintomas são repentinos com dor intensa, intolerância à luz, lacrimejamento, náuseas, vômitos, etc. Essa patologia caracteriza-se, portanto, numa emergência, pois se não tratada a tempo pode evoluir para grave comprometimento visual num curto espaço de tempo.Já no glaucoma congênito, o pediatra reconhece os sintomas após o nascimento. Nesses casos, a criança apresenta grande sensibilidade à luz, lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado, e córnea grande e opacificada, devendo ser encaminhada ao especialista com brevidade.6. Qual a orientação para quem possui estes sintomas? Nos casos de glaucoma de ângulo fechado (que causa dor intensa, fotofobia, lacrimejamento, náuseas, vômitos, entre outros sintomas) deve-se procurar uma emergência o mais rápido possível. No glaucoma congênito, as crianças devem ser encaminhadas o quanto antes para um especialista, pois o tratamento precoce melhora muito o prognóstico desses pacientes.7. Existem recursos na atualidade capazes de curar o glaucoma? Ainda não há cura para o glaucoma, apesar dos métodos diagnósticos e terapêuticos terem avançado muito, permitindo o diagnóstico precoce e o tratamento mais efetivo. 8. O HP oferece quais recursos para tratar os pacientes com esta patologia?O HP oferece nas suas instalações atendimento especializado em glaucoma, utilizando recursos diagnósticos de ponta, assim como tratamento clínico e cirúrgico.