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Gestão do Suprimento Hospitalar — Hospital Português da Bahia

6 de agosto de 2013

Gestão do Suprimento Hospitalar

06 August 2013

Planejamento do trabalho em cadeia é decisivo para a qualidade assistencial
Para que um hospital cumpra o seu papel de salvar vidas e se mantenha no caminho da sustentabilidade, um fator se apresenta como condicionante: o gerenciamento eficiente dos recursos materiais. Isto porque os indicadores de qualidade e segurança dos insumos hospitalares – correspondentes aos prazos de validade, condições de armazenamento de medicações e materiais cirúrgicos, cadastramento de fornecedores qualificados, entre outros – exercem impacto direto na atuação da equipe assistencial e, consequentemente, no processo de restabelecimento do paciente. Cabe à gestão de suprimentos o desafio de planejar e administrar de modo eficaz todo o processo de compra, recebimento, armazenamento e distribuição de materiais nas diferentes unidades hospitalares, visando reduzir custos sem comprometer a qualidade do cuidado.
“O suprimento hospitalar é complexo, porque envolve áreas com características específicas. Assim, a atuação em cadeia precisa ser planejada para proporcionar o abastecimento devido de cada unidade, com materiais adequados à produtividade, qualidade dos serviços e satisfação dos clientes”, destaca o coordenador de Suprimentos do Hospital Português, Adriano Carneiro, responsável pela liderança de 174 colaboradores da rede de departamentos composta por Compras, Recebimento de Materiais, Almoxarifado, Central de Abastecimento Farmacêutico e Farmácias Satélites.
Para alcançar o nível atual de padronização dos procedimentos desenvolvidos na área, ele revela que foi preciso investir no aprimoramento e implantar algumas mudanças no planejamento de ações. Nesse sentido, o setor se beneficiou significativamente com o processo de Acreditação Hospitalar, iniciado em 2005. A partir daí houve a introdução da rastreabilidade das principais medicações utilizadas, informatização do controle de validades e do bloqueio de dispensação de medicamentos vencidos, adequação dos espaços físicos da Central de Abastecimento Farmacêutico através da construção de novos ambientes, entre outras melhorias voltadas para a qualidade do armazenamento e distribuição dos medicamentos e produtos médicos.
Com a chegada do HP ao maior nível de certificação de qualidade da ONA, a área de Suprimentos do filantrópico passou também a agregar protocolos e indicadores de qualidade em diversos processos realizados. Para garantir a procedência dos insumos utilizados nos pacientes o setor intensificou a qualificação e a avaliação técnica dos principais fornecedores de material médico, medicamentos, além de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME). Desde 2012, todas as divergências identificadas no fornecimento de insumos são notificadas, gerando histórico avaliativo para consulta no momento de novas compras.
Hoje, todos os medicamentos e materiais de alto custo são monitorados desde a origem até a destinação, através de registro em sistema, ampliando a rastreabilidade e reduzindo os riscos para o paciente. A segurança do atendimento também foi reforçada com a ampliação do acompanhamento farmacêutico, iniciada na admissão e finalizada no momento da alta hospitalar, incluindo a análise fármacoterapêutica das prescrições e reconciliação medicamentosa – atividades hospitalares pioneiras na Bahia. Conforme quadro a seguir:

 Gestão do Suprimento Hospitalar

Ao intensificar o rigor no planejamento das compras com a gestão de segurança e redução dos níveis de estoques, o setor também passou a favorecer a autossustentabilidade institucional. “Menos estoque implica em menor capital imobilizado e menor custo de manutenção”, destaca entre as diversas melhorias alcançadas na área.