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Cirurgia Cardiovascular Segura — Hospital Português da Bahia
5 de novembro de 2013
Cirurgia Cardiovascular Segura
05 November 2013
Há 50 anos a taxa de mortalidade associada à cirurgia cardíaca se aproximava de 30%. Hoje, com a evolução das técnicas, a especialidade adotou rotinas cercadas de mecanismos de qualidade e segurança, com significativa redução da mortalidade. Nos últimos cinco anos, a Equipe de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Português realizou 1.048 cirurgias. Destas, 590 (56,3%) foram coronarianas, 260 (24,8%) valvulares e 198 (18,4%) foram congênitos, doenças da aorta e implantes de marcapasso, gerando para o HP um desempenho compatível com os padrões da medicina internacional. Em 2012, por exemplo, a Unidade Coronariana do HP registrou índice zero de mortalidade nos pacientes com síndrome coronariana aguda que foram submetidos à cirurgia cardíaca de urgência.
Para assegurar tal nível de segurança, a equipe de cirurgiões cardiovasculares do HP segue condutas baseadas em evidências, estabelecidas pela literatura médica internacional. Dessa maneira, novos procedimentos e tecnologias só são incorporados pela instituição após a adequada validação no âmbito acadêmico. Além disso, a atuação do grupo é norteada por Protocolos de Cirurgia Segura recomendados pela Organização Nacional de Acreditação – ONA, que sistematizam a checagem das rotinas operacionais, prevenindo erros e acidentes. Outro diferencial da especialidade é o uso de escores internacionais de avaliação de risco cirúrgico (Euroescore e STS), que fornecem estimativas de morbidade e mortalidade para os procedimentos propostos, de forma objetiva para cada paciente e, ao mesmo tempo, servem de referência para avaliação contínua dos resultados alcançados.
Nas cirurgias complexas do coração, o uso de circulação extracorpórea com drenagem venosa a vácuo oferece melhores condições técnicas para a realização do procedimento, com menor retenção de líquidos no pós-operatório imediato. Já nas cirurgias valvulares, sempre que possível, é dada preferência por técnicas conservadoras, em detrimento da troca valvar por próteses que não oferecem resultados semelhantes em longo prazo. O acompanhamento do paciente internado, através de visitas diárias realizadas por pelo menos um dos cirurgiões cardiovasculares, tem se mostrado um cuidado importante para a prevenção de ocorrência ou agravamento de complicações cirúrgicas. Do mesmo modo, a assistência ininterrupta estruturada para o atendimento de urgência e emergência 24 horas por dia, durante todo a ano, tem contribuído para a qualidade assistencial. Tais resultados têm fortalecido a posição de referência do HP na área cardiológica.
