Diabetes, entenda mais
16 December 2013
1. O que mudou nos últimos cinco anos com relação à prevenção e controle do diabetes no Brasil?
O maior conhecimento da doença. A disseminação de informações sobre as situações em que se tem maiores chances de desenvolver a diabetes e sobre as atitudes que podem ser tomadas para evitar o desenvolvimento da doença foi o fator de maior impacto na prevenção da diabetes.
2. A ampliação do acesso às medicações tem auxiliado o maior controle da doença pelos brasileiros?
O acesso à medicação aliado à maior informação, sem dúvida, melhorou o controle da doença. Antigamente a população não dava tanta atenção ao tratamento como hoje, quando o conhecimento geral da diabetes é maior. A evolução da condição financeira do brasileiro também proporcionou maior acesso a melhores medicações, estimulando a busca por tratamento. Hoje, o Governo Federal disponibiliza alguns medicamentos – como a Metiformina, que é excelente para o tratamento da diabetes – gerando grande impacto no controle da doença. Além disso, o brasileiro tem ótimas medicações lançadas a nível mundial, que chegam muito rápido ao Brasil devido a aprovação da ANVISA. Por outro lado, outras medicações fornecidas gratuitamente pelo Ministério da Saúde não são tão boas quanto a Metiformina, mas auxiliam também no tratamento e controle da doença.
3. É possível levar uma vida normal tendo diabetes? De que forma?
É perfeitamente possível ter uma vida normal tendo diabetes, o que o paciente precisa entender é que é preciso usar as medicações diariamente. Agindo dessa forma, não há porque não levar uma vida normal. É difícil para o diabético entender é que ele não está completamente doente e que é necessário cuidar da saúde como um todo. A doença é controlável com o uso regular da medicação e acompanhamento médico, do endocrinologista ou clínico. Assim como o controle de hipertensão e de dislipidemia, é possível ter uma vida normal. O paciente precisa aprender mais sobre a doença dele, o que ocorre pelo contato com os especialistas como endocrinologista e nutricionista, para que ele saiba controlar a doença, tenha domínio sobre ela e leve uma vida normal. Assim como qualquer pessoa, o paciente de diabetes é orientado à praticar exercícios físicos e comer bem, de forma saudável, e esporadicamente.
4. Qual o perfil do portador de diabetes hoje no país?
O perfil de pacientes de diabetes no Brasil, que possui a doença tipo 1 ou 2, é a mesma de qualquer parte do mundo. O paciente portador de diabetes tipo 2 está acima do peso, geralmente tem mais de 35 anos, não pratica atividade física e está muito mau informado a respeito da alimentação, come muito ou inadequadamente, porém existem exceções. O diabético tipo 1, tende a ser mais jovem, não tem excesso de peso e há predominância da carga genética como causadora do problema.
5. O que deve ser feito para prevenir a doença?
O diabetes é uma doença que tem uma predominância genética e com isso não há o que fazer, porém pode-se buscar a prevenção com atividade física, alimentação regular, manutenção do peso (considerando altura e porte físico) e controle maior do que se come. A perda de peso, para quem está acima do peso, muitas vezes é fator determinante e fundamental da doença. A atividade física para quem é sedentário muitas vezes retarda o início da doença em anos, gerando grande lucro para a qualidade de vida, tempo de doença remanescente e tempo de vida futuro. Algumas atitudes mudam a qualidade de vida de qualquer ser humano: Evitar frituras e alimentos com muita massa; colocar pelo menos uma vez por dia uma fruta na dieta porque é antioxidante, possui fibras e reduz o risco de doenças, não só da diabetes, mas de outras como o câncer; realizar atividade física no mínimo 3 vezes na semana, por pelo menos 30 minutos.
