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Previna-se: HEPATITE B — Hospital Português da Bahia

3 de fevereiro de 2014

Previna-se: HEPATITE B

03 February 2014

Uma doença silenciosa. Essa é uma das principais características da hepatite B, uma doença considerada endêmica nas regiões mais carentes dos países em desenvolvimento, com uma vasta penetração mundialp associada, sobretudo, às formas de contágio e ao baixo índice de vacinação. No Brasil, mesmo com a vacina disponível gratuitamente nos postos de saúde para pessoas até 49 anos de idade, o Ministério da Saúde estima que existam mais de 800 mil pessoas infectadas apenas com a hepatite B. Com um vírus resistente, capaz de permanecer ativo por até sete dias em ambiente externo, a hepatite B é facilmente transmitida através do contato com o sangue contaminado, pela transmissão vertical (da mãe para o feto) e, principalmente, através das relações sexuais desprotegidas. Por isso, de acordo com a Dra. Andrea Cavalcanti, hepatologista da Unidade de Gastro e Hepatologia do Hospital Português, prevenir ainda é a melhor solução. Evitar o compartilhamento de objetos perfurocortantes, fazer sexo com preservativo e buscar a imunização através da vacina são as medidas mais eficazes para impedir a contaminação pela doença.

 

Quais as principais formas de contágio da Hepatite B?

 

A Hepatite B pode ser transmitida pela via percutânea, através do compartilhamento de objetos perfurocortantes, como agulhas, alicates de unha, lâminas de barbear e tesouras. Lembrando que o vírus permanece, por longos períodos, viável em sangue “seco” e é resistente a altas temperaturas, como as utilizadas em estufas. Mães portadoras de Hepatite B podem transmitir o vírus para os recém-nascidos, por isso a pesquisa do vírus da Hepatite B faz parte dos exames realizados no pré-natal. E a transmissão sexual é uma das principais formas de contágio.

 

Para quem nunca teve contato com a doença, qual a melhor maneira de se prevenir?

 

Para evitar a transmissão recomenda-se a restrição do uso de materiais contusos compartilhados, esterilização em autoclave destes materiais, pré-natal em todas as gestantes e o uso de preservativos nas relações sexuais. Mas para a erradicação da doença é fundamental a vacinação contra a Hepatite B que, em nosso país, já é obrigatória para recém-nascidos e adultos até 49 anos, parceiros de pacientes portadores de Hepatite B e profissionais de risco.

 

Quem já foi exposto ao vírus da Hepatite B pode tomar a vacina? E se o paciente não souber que está contaminado, existe algum risco caso venha a se imunizar?

 

A pesquisa do anticorpo definitivo contra a Hepatite B, denominado Anti-HBs, define a necessidade ou indicação da vacinação para indivíduos que já tiveram contato com o vírus, como por exemplo, alguém que teve um parceiro portador do vírus ou conviveu com algum paciente com Hepatite Aguda pelo vírus B. Se positivo, o indivíduo está protegido e não necessita de vacinação, mas não há riscos caso se vacine. Se negativo, há indicação de vacinação. A vacina é feita por via intramuscular, em três doses.

 

Quais as complicações para o paciente que venha a contrair a doença?

 

Portador da Hepatite B é aquele indivíduo que permanece com o marcador, denominado HBsAg, positivo por mais de seis meses. Essa população merece acompanhamento médico regular para diagnóstico adequado, decisão sobre o início do tratamento e a droga a ser utilizada, além da detecção em familiares e parceiros sexuais. Recomenda-se abstinência alcoólica para estes indivíduos. A Hepatite Crônica pelo vírus da Hepatite B pode evoluir para Cirrose Hepática e Carcinoma Hepatocelular. O tratamento recomendado para indivíduos com evidências de replicação do vírus e inflamação é realizado com drogas fornecidas gratuitamente pelo governo.

 

Existe a possibilidade de um paciente com Hepatite B contrair outra forma da doença? Se sim, quais os riscos para esse indivíduo?

 

Não, a Hepatite B não aumenta o risco de outras doenças. No entanto, devemos considerar que diante das principais formas de contágio, sexo de risco e uso de drogas, o portador da Hepatite B deve ser orientado para a pesquisa de outras doenças virais, como Hepatite C e HIV.

 

É verdade que o paciente infectado com o vírus da Hepatite B pode se curar sozinho? Por que isso acontece?

 

O clearence viral ou cura espontânea é rara, ocorre numa taxa de 0,5% ao ano. Não se conhecem, ao certo, fatores genéticos ou ambientais associados a este fato. Porém, ressalto que, para o diagnóstico sorológico da Hepatite B são necessários exames específicos e acompanhamento regular. Marcadores virais negativos podem ocorrer na Hepatite B oculta ou em indivíduos imunossuprimidos e não significar clearence viral.

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