Curta Permanência Hospitalar
04 June 2014
O tempo transcorrido entre a admissão do paciente no hospital e o momento da alta é comumente conhecido como tempo de permanência hospitalar. Em uma instituição de saúde, o uso eficaz dos recursos humanos e materiais empregados visa alcançar o desfecho esperado: a alta hospitalar com melhora clínica do paciente, no menor tempo possível. Ao cumprir essa meta, as instituições de saúde contribuem para atenuar a problemática social caracterizada por uma demanda muito superior à capacidade de atendimento. No Hospital Português, os gestores têm se debruçado sobre este assunto na tentativa de buscar soluções que aumentem a disponibilidade de vagas hospitalares, o chamado giro de leito – indicador gerencial que representa a utilização do leito hospitalar. “O giro de leito permite que o hospital identifique a sua taxa de aproveitamento de vagas ofertadas, calculando a relação entre o número de altas e o número de leitos disponíveis no mesmo período”, explica a médica assistente da Gerência Técnica, Dra. Maíra Dantas.
Apesar do planejamento, diversos determinantes não controláveis pela gestão hospitalar acabam por influenciar negativamente esse indicador: extremos de idade, desnutrição, obesidade, doenças crônicas ou oncológicas, condições básicas de saúde da população assistida, entre outros. Em contrapartida, a gestão profissional em saúde reconhece a relevância de seguir estratégias de intervenção que possam otimizar o internamento. Alguns exemplos são o planejamento terapêutico de cada caso, a aplicação dos protocolos gerenciados para uniformização das condutas, as políticas de qualidade com gerenciamento de riscos e supervisão das práticas através de auditorias internas e das comissões obrigatórias.
Nesse sentido, a Superintendência Médica do HP prioriza, dentro das metas da governança clínica, o empenho contínuo para reduzir o tempo médio de permanência hospitalar. “Através da análise estatística de dados do prontuário identificamos as principais determinantes da permanência em nossas unidades de internação e delineamos projetos específicos para intervir nesse processo”, esclarece o gerente técnico, Dr. Mário Rocha. Entre os projetos com esse propósito acompanhados pela Gerência Técnica está o de desospitalização precoce – que utiliza ferramentas de TI para controlar o tempo de hospitalização até a alta médica, além de dinamizar a comunicação com os médicos visando o aprimoramento da qualidade assistencial e a redução dos riscos de infecção hospitalar.
“Por ser uma referência no mercado, o Hospital Português é, para muitos clientes, a primeira opção quando necessitam de assistência em saúde. Por isso, queremos estar prontos para atendê-los, ainda que a demanda social por vagas hospitalares supere em muito a nossa capacidade instalada”, afirma Dra. Maíra Dantas. Para cumprir essa meta, a instituição mantém a gestão de leitos em funcionamento ininterrupto (24 horas por dia) e já colhe resultados positivos dos primeiros projetos implantados.