Novembro Azul convoca homens a cuidarem da saúde — Hospital Português da Bahia
7 de novembro de 2014
Novembro Azul convoca homens a cuidarem da saúde
07 November 2014
A prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que mais afetam os homens no Brasil ainda esbarram no preconceito masculino em ir ao médico com regularidade, como costumam fazer as mulheres. No caso do câncer de próstata, a resistência alicerçada em fatores culturais é ainda maior diante da necessidade de realização do exame de toque retal – principal meio de descoberta do tumor na glândula. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer – INCA, o problema, comum entre os homens com mais de 40 anos, deve acometer quase 70 mil brasileiros até 2015. Somente a região Nordeste deve concentrar aproximadamente 13 mil casos. Dr. Maurício Fucs, médico líder do Centro de Urologia do Hospital Português alerta para a relevância da consulta regular com um urologista, uma vez ao ano. “Os homens devem ir ao especialista regularmente, sobretudo, a partir dos 45 anos. Esse cuidado é essencial para evitar não apenas o câncer de próstata, como também outras doenças masculinas, além de permitir o diagnóstico precoce”, observa. Para chamar a atenção da comunidade para essa questão, o HP convoca os seus colaboradores a usarem o laço símbolo da campanha Novembro Azul durante todo o mês. Além disso, a fachada da instituição ganha iluminação especial e um grande laço azul.
Prevenção, diagnóstico e exames
Cuidar do estilo de vida é fator fundamental na prevenção do câncer de próstata. A recomendação dos especialistas é evitar alimentos ricos em gordura animal, optando por refeições saudáveis, ricas em frutas, legumes e verduras; evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo, além de combater a obesidade – fatores de risco relacionados aos principais tipos de tumores que afetam os brasileiros. A prática regular de atividade física é outra aliada na prevenção desse tipo de câncer.
Em 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU alterou a idade inicial para a realização do exame de próstata para 45 anos, no caso de homens negros ou com história familiar da doença (dois fatores que elevam em até 5 vezes o risco de surgimento de tumor na glândula). Homens fora desse perfil devem fazer o exame a partir de 50 anos. A avaliação da próstata é feita através de entrevista do paciente com relação à presença de possíveis sintomas que indiquem obstrução na passagem da urina ou algum processo irritativo da bexiga. A realização do toque retal é outro meio essencial para investigar a presença de tumor na próstata, pois permite que a glândula seja apalpada em busca de nódulos. Contudo, alguns tumores podem não ser palpáveis pelo toque, requerendo o exame de sangue (PSA) e o ultrassom da próstata como avaliações adicionais para identificar se existe um câncer sem sintomas.
“O diagnóstico preciso é feito com base na avaliação física (toque retal) e nos resultados dos exames laboratoriais (dosagem do PSA) e de imagem (ultrassom da próstata)”, informa Dr. Maurício Fucs. Isto porque alguns fatores podem ser responsáveis pela elevação do PSA. Por exemplo, uma inflamação na próstata, uma infecção urinária ou genital, ou ainda o aumento benigno da glândula (HBP). Além disso, a tendência do PSA é aumentar com o envelhecimento. Quase 80% dos homens idosos apresentam alteração no PSA sem possuírem câncer de próstata, enquanto cerca de 20% dos homens com câncer de próstata apresentam um PSA normal, segundo pesquisas. Somente um especialista pode orientar a avaliação complementar mais indicada para cada caso.
Sintomas e tratamento
No início, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas, quando eles aparecem geralmente é porque a doença já está avançada. Por isso, é importante atentar para a presença de dor lombar, problemas de ereção, dor na bacia ou joelhos e sangramento pela uretra, que podem ser indícios da doença. Com a realização dos exames é possível identificar se houve aumento da glândula ou alguma alteração no PSA. Em caso positivo, é indicada a realização de biópsia para identificar a presença de tumor e se ele é maligno.
O estágio clínico da doença é o ponto de partida para a definição do melhor tratamento para o paciente. Com a evolução da área oncológica, diversas possibilidades terapêuticas estão à disposição. Para tratar a doença localizada podem ser oferecidos desde cirurgia, radioterapia ou mesmo observação permanente (em casos específicos). No caso de tumores em estágio avançado, a terapia mais indicada é a hormonal, para redução das taxas de testosterona. “O tratamento deve ser sempre individualizado, considerando não apenas a doença, mas as condições físicas do paciente. A melhor escolha é aquela que considera os riscos e benefícios gerados pelo tratamento”, destaca Dr. Maurício Fucs.
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