Os riscos para os atletas de verão
05 December 2014
A chegada da alta estação, e a maior evidência do corpo, trazem consigo um desejo de muita gente: a busca pelas formas perfeitas. No verão, é comum observarmos academias lotadas, aumento do número de corredores na orla e de praticantes de exercícios em áreas públicas da cidade, buscando atingir esse objetivo em um curto espaço de tempo. O que os “atletas de verão” não sabem, é dos sérios riscos que esta prática pode lhes render.
A Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) chama a atenção para a importância de exames preventivos e regulares em praticantes de exercícios. Intensificar os treinos sem orientação prévia pode potencializar diversos tipos de lesões: problemas musculares e articulares, doenças cardíacas e até mesmo um mal súbito. O ideal é que o corpo seja condicionado de forma gradual, assim, o exercício deve estar presente na vida de forma rotineira e não em determinada época do ano. Além disso, antes de iniciar a prática de atividade física, a pessoa sedentária deve ser avaliada por um especialista, que pode recomendar ou não a prática de exercícios.
Passar por uma avaliação médica é fator indispensável para qualquer pessoa que queira iniciar uma atividade física, mesmo que de baixa intensidade. Essa avaliação prévia é essencial tanto para atletas profissionais, como para atletas ocasionais, nas mais variadas modalidades. No caso dos chamados “atletas de verão ou de fim de semana”, a avaliação se torna indispensável. E os exames são úteis não só para avaliar a eventual presença de algum risco, mas também para orientar o exercício a ser feito – o que deve ser realizado por um especialista.
Entre os inúmeros problemas associados à saúde cardiovascular, estão as arritmias cardíacas – alteração nos batimentos cardíacos que atinge pessoas de todas as faixas etárias, podendo acometer inclusive quem pratica atividade física regular e quem opta por uma vida saudável. Quando não tratadas ou não diagnosticadas previamente, as arritmias cardíacas podem levar à morte súbita. Em atletas, esse risco aumenta dos 40 anos aos 50 anos de idade, faixa etária na qual existe um maior número de esportistas amadores. Em 90% dos casos, a morte súbita ocorre durante treinos e competições, que poderiam ser evitados através da conscientização e da realização de exames.
O primeiro passo é fazer a consulta médica para relembrar fatos que se relacionam com a doença e o paciente (anamnese), o exame clínico e o eletrocardiograma. Se for constatada a presença de alterações, podem ser solicitados outros exames complementares. Atletas que apresentem sintomas associados ao esforço, como desmaio, dor torácica, palpitações fortes e falta de ar súbita, devem ser avaliados com mais cuidado.