Movimento nacional de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos busca manter acesso à saúde pelo SUS
03 July 2015
Com o lema “Acesso à Saúde – Meu Direito é um Dever do Governo”, a campanha nacional dos Hospitais Filantrópicos e das Santas Casas vem envolvendo a sociedade civil e entidades representativas do setor, nos campos municipal, estadual e federal, nas discussões sobre a situação de subfinanciamento do SUS e suas consequências para a população, prestadores de serviços, profissionais, entre outros. Mobilizando simultaneamente diversos municípios do país, o primeiro dos três atos da campanha, chamados de “DIA D EM DEFESA DA SAÚDE”, ocorreu em 29 de junho, tendo a adesão de gestores de Hospitais e Santas Casas de Salvador e demais cidades baianas, que apresentaram propostas de melhorias visando reverter o cenário atual e evitar um provável colapso na rede de atendimento pelo SUS. A ocasião serviu para a demonstração de números, explicação das formas de financiamento e discussão de medidas voltadas para a solução do problema que atinge todas as regiões do país.
O movimento terá suas reivindicações ampliadas para o âmbito estadual, em 13 julho. A data escolhida para o segundo “DIA D EM DEFESA DA SAÚDE” servirá para esclarecer a sociedade sobre as causas do iminente colapso dos Hospitais Beneficentes (segmento que responde por mais de 50% da assistência pública brasileira) e as consequências que esta condição pode acarretar para o SUS. O terceiro momento da campanha será no dia 04 de agosto, que prevê uma “PARALISAÇÃO GERAL”, em Brasília, a fim de mobilizar todo o país. “Estamos certos de que a divulgação dessa realidade e a mobilização em torno do tema são indispensáveis para que medidas urgentes que garantam o direito à saúde dos cidadãos sejam tomadas. Este é o objetivo principal do nosso movimento”, declara o presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Edson Rogatti.
Ao lado da CMB e de suas federações estaduais, o movimento conta com a adesão dos 50 maiores Hospitais Filantrópicos do país. Buscando multiplicar a representatividade da ação e qualificar suas discussões, com base em informações nacionais e regionais sobre o déficit do SUS e a dívida das instituições beneficentes, os organizadores convocaram a participação de Prefeituras, Secretarias e Conselhos de Saúde, Ministério Público, Associações Médicas e de Saúde, Imprensa, Associações de Apoio ao Paciente, Colaboradores de Hospitais, Voluntários, Organizações Sociais, Sindicato dos Trabalhadores de Saúde, dentre outras áreas organizadas da sociedade civil. A estratégia, de acordo com a CMB, é envolver esses segmentos na campanha para buscar o apoio do congresso nacional.