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PSA — Hospital Português da Bahia

14 de dezembro de 2015

PSA

14 December 2015

Falta de tempo, medo, machismo, preconceito, diversos são os argumentos que tentam justificar a falta de cuidado masculino com a própria saúde. Quando se trata da prevenção do câncer de próstata, a resistência em realizar consultas médicas e exames de rotina se traduz em altos índices da doença, no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de câncer – INCA, esse tipo de tumor é o segundo mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele não-melanoma. Cerca de 20% dos casos são descobertos em fase avançada, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU; uma realidade que poderia ser evitada com a simples consulta anual ao urologista. “O exame de toque retal e a dosagem de PSA são dois métodos preventivos eficientes na promoção da saúde do homem, tendo eficácia no diagnóstico precoce de diversas doenças que afetam a próstata, inclusive o câncer”, informa o especialista do Centro de Urologia do Hospital Português, Dr. Cássio Pugas, destacando que a descoberta precoce do tumor aumenta em 90% suas chances de cura.

Porque fazer a dosagem de PSA

O Antígeno Prostático Específico ou simplesmente PSA é uma substância produzida pela próstata – glândula do sistema reprodutor masculino. Seus níveis no sangue podem ser aumentados por alterações no organismo, como o crescimento benigno da próstata (Hiperplasia Prostática Benigna), a prostatite (inflamação) e o câncer; doença cuja evolução é bastante lenta e os sinais podem levar mais de uma década para se tornarem evidentes. Para ter uma ideia, o tumor de próstata pode levar cerca de 15 anos para atingir 1 centímetro e poder ser palpado no exame de toque retal. Daí a necessidade de dosar o PSA periodicamente, conforme recomendação médica, especialmente se houver alterações no volume da próstata, já que apenas a palpação da glândula não assegura o diagnóstico de câncer.

Eficácia do exame

A SBU afirma que a dosagem de PSA associada ao toque retal proporciona diagnósticos mais precisos, tendo ajudado a diminuir a mortalidade masculina por doenças da próstata. Dr. José Carlos Lima, responsável técnico pelo Serviço de Medicina Laboratorial do Hospital Português, observa que ainda não existe exame laboratorial totalmente preciso no rastreamento precoce do câncer dessa glândula, sendo o PSA o teste de eleição até o momento. “Embora a dosagem de PSA não substitua o exame de toque retal, trata-se de um exame complementar essencial na definição mais precisa de diagnósticos, biópsias e procedimentos cirúrgicos, evitando impactos significativos no estilo de vida e bem-estar do paciente”.

Entenda o teste

Para o paciente, a dosagem de PSA nada mais é que uma simples coleta de sangue, que deve ser realizada seguindo orientações médicas específicas para inibir alterações no resultado. No laboratório, a dosagem é feita observando padrões de referência do PSA Total no sangue (composto pelo PSA complexado e PSA livre), podendo indicar ainda a necessidade de outras avaliações para aumentar a precisão no diagnóstico de qualquer problema na próstata.

Quem deve fazer

A SBU recomenda uma avaliação anual com o urologista, a partir dos 50 anos. Homens com histórico familiar da doença (pai, irmãos ou avôs), negros ou com obesidade devem ser examinados a partir dos 40 anos, idade em que também começam a apresentar crescimento natural (benigno) da próstata. “É importante que os homens façam as avaliações solicitadas por seu médico de confiança, porque o câncer de próstata não apresenta sintomas iniciais e os resultados vão orientar o tratamento mais adequado”, ressalta o urologista.