Rotina dos Serviços de Emergência no pós-Carnaval — Hospital Português da Bahia
1 de março de 2016
Rotina dos Serviços de Emergência no pós-Carnaval
01 March 2016
As viroses e infecções bacterianas que acometem Salvador, principalmente nos primeiros dias depois da festa carnavalesca, já viraram tradição no calendário da folia baiana tanto quanto os desfiles de trios elétricos. A cada ano uma doença ganha um nome relacionado às músicas do Carnaval – Vingadora, Dalila, “Griptonita”, Lepo Lepo, são alguns exemplos dos carnavais passados. Essa descontração também se reflete nos fatores que costumam afetar a resistência física de soteropolitanos e turistas de todos os cantos do mundo: intensa aglomeração de pessoas, troca de beijos excessiva, falta de cuidado com a alimentação, além das poucas horas de descanso por parte dos foliões durante a maratona nos dias de festa. Como resultado, o pós-Carnaval é vivenciado por Serviços de Emergência como o do Hospital Português com um crescimento expressivo no número de atendimentos realizados.
Pode-se dizer que neste ano a Emergência Clínica Cirúrgica do HP se preparou ainda mais para um aumento histórico no número de atendimentos. Além de ampliar o número de leitos, a Instituição também investiu no maior número de funcionários para este período, considerado crítico. As estatísticas mostram que as infecções intestinais e respiratórias, além das otites, amigdalites, sinusites, conjuntivites, são as mais comuns. Isso sem contar as tradicionais gripes e viroses. Na verdade, esse tipo de situação, em que um grande número de pessoas permanece reunido por longos períodos, representa a condição favorável para o surgimento não apenas de uma doença, mas sim de uma série de infecções febris que podem se espalhar. Por esse motivo, requerem equipes médicas e de enfermagem preparadas para lidar com pacientes acometidos por tais problemas de saúde que, geralmente, demandam tratamento baseado em hidratação e medicação sintomática para dor, febre e náuseas, além de avaliação através de exames de sangue e imagem.
Na maioria dos casos, os pacientes recebem alta hospitalar, sendo orientados sobre o tratamento em domicílio – como adotar uma dieta balanceada e o repouso. Nos casos que evoluíram ou não tiveram melhoras é indicado o retorno à unidade de saúde. Os pacientes com infecção diagnosticada saem de alta com receita de antibioticoterapia, e demais recomendações. Somente os casos mais instáveis recebem indicação de internamento, para observação e melhor controle da equipe médica. No HP, os funcionários também são capacitados para programarem o chamado “Plano de Contingência para Superlotação”. Sempre em busca da melhora constante do Serviço e da satisfação dos pacientes, esses cuidados visam cumprir a missão de oferecer assistência integral e humanizada através de avaliações rápidas do quadro clínico, seguido de estabilização e início do tratamento.
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