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Cresce número de casos de Gripe A na Bahia — Hospital Português da Bahia

5 de abril de 2016

Cresce número de casos de Gripe A na Bahia

05 April 2016

vacinaObservada pela primeira vez nos Estados Unidos no início do século 20, a gripe Influenza A ficou conhecida como “gripe espanhola” ao atingir milhões de pessoas na Europa e no mundo. Em 2009, um novo surto iniciado no México voltou a colocar a população mundial em alerta. Desde então, diversas nações como o Brasil têm investido em políticas públicas de prevenção e combate ao vírus transmissor, principalmente o Influenza A H1N1. Em março de 2016, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – Sesab emitiu um alerta epidemiológico para a maior incidência de casos de gripe A em Salvador e outros municípios baianos. Somente no primeiro trimestre, foram 26 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nessas regiões. Todas causadas pelo vírus Influenza; 08 delas com relação confirmada ao vírus Influenza A H1N1. No ano passado, houve apenas um registro de SRAG em todo o Brasil. Para o líder da Infectologia do Hospital Português, Dr. Alessandro Farias, o momento pede prevenção. “As ocorrências de gripe no Brasil costumam ocorrer entre maio e junho. Os registros desde fevereiro até hoje evidenciam a relevância dos fluxos migratórios e das grandes aglomerações, como o nosso carnaval, para a disseminação da gripe. Logo, é essencial que as pessoas se imunizem contra o vírus causador”.

Vacinação

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), devem ser vacinados, prioritariamente, profissionais da saúde, gestantes, idosos, crianças de seis meses até cinco anos, mulheres que acabaram de dar à luz, portadores de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, obesidade, cardiopatias, pneumopatias, HIV, entre outras), povos indígenas, funcionários do sistema prisional e a população carcerária. O infectologista explica que diante das mutações permanentes do vírus, estudos asseguram a atualização contínua da vacina e sua segurança. “A vacinação é oferecida gratuitamente nos postos de saúde para a população com maior risco de desenvolver a doença. Os profissionais da saúde, por estarem frequentemente expostos, têm recomendação para que sejam vacinados. A população em geral também pode se imunizar em clínicas particulares”, orienta.

Ações preventivas

Como em qualquer gripe, a transmissão do vírus Influenza acontece através do contato direto ou indireto com secreções da pessoa infectada. Desse modo, a prevenção deve incluir lavagem das mãos quantas vezes forem necessárias, especialmente, antes de manipular alimentos; uso de lenços descartáveis ao tossir, espirrar ou fazer a higiene nasal (protegendo mãos e face); evitar contato com as mucosas dos olhos, nariz e boca; evitar compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos ou garrafas); manter os ambientes bem ventilados; evitar proximidade de pessoas apresentando sinais ou sintomas de gripe; evitar aglomerações e ambientes fechados; manter a hidratação e alimentação saudável.

Sintomas

Além de seguir as recomendações do MS, ao apresentar sintomas de gripe é necessário buscar ajuda especializada em um centro de saúde. Para ajudar a distinguir um simples resfriado da infecção por Influenza, Dr. Alessandro dá algumas orientações. “Os sintomas tradicionais da gripe costumam durar cerca de sete dias, podendo ocorrer febre, tosse, dores de garganta, de cabeça, musculares ou nas articulações”. Já no resfriado, normalmente, não há febre e os sintomas são mais leves. Porém, no caso da gripe, que evolui para Síndrome Respiratória Aguda Grave, o infectologista explica que há presença de falta de ar e sinais de pressão baixa associados. “Esses sintomas possuem maior gravidade, devendo ser submetidos a tratamento médico de urgência e emergência”.

Revista Imagem Real Abril – 2016

http://www.hportugues.com.br/imprensa/revista-imagem-real