Notícias Fique por dentro das novidades

Cirurgia do aparelho digestivo por Videolaparoscopia — Hospital Português da Bahia

6 de setembro de 2016

Cirurgia do aparelho digestivo por Videolaparoscopia

06 September 2016

cirurgia gastroA prática médica cirúrgica tem incorporado modernas tecnologias nas diferentes especialidades com o objetivo de ampliar a segurança do paciente e reduzir os custos em saúde. A videolaparoscopia é um exemplo dessa tendência. No que se refere ao tratamento das doenças do parelho digestivo, a técnica tem propiciado benefícios diversos para os pacientes, tais como menor tempo de hospitalização, menos dor, recuperação mais rápida, entre outras vantagens, como explica o médico cirurgião da equipe de Cirurgia Geral do Hospital Português, Dr. Bruno Almeida. Confira a entrevista!

1. A videolaparoscopia está indicada no tratamento cirúrgico de quais doenças do trato digestivo?

A primeira cirurgia videolaparoscópica do aparelho digestivo foi uma cirurgia de vesícula biliar, realizada na França, em 1987. Desde então, a modalidade vem se desenvolvendo rapidamente sendo que nos dias atuais, sem dúvida, transformou-se na primeira opção em termos de cirurgia do aparelho digestivo. Cirurgias de vesícula biliar, apêndice cecal, hérnias abdominais e refluxo gastroesofágicos são as mais frequentes. Com o avanço tecnológico, hoje, é possível a expansão deste método para doenças do esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, reto, pâncreas, baço e fígado.

2. Quando essa técnica é priorizada no lugar do método convencional?

Resumidamente, podemos dizer que a cirurgia videolaparoscópica revolucionou a técnica cirúrgica. Assim, hoje, a cirurgia convencional (abdômen aberto) é indicada apenas para algumas poucas indicações.

3. Quais as vantagens para o paciente?

A cirurgia do aparelho digestivo por vídeo permite o acesso ao abdômen sem a realização de grandes cortes. Esta técnica tem a vantagem de ser minimamente invasiva e ocasionar, desse modo, um menor trauma cirúrgico, menos sangramento intraoperatório, menor dor pós-operatória, recuperação pós-cirúrgica mais rápida e retorno mais cedo às atividades habituais e ao trabalho, além de menores cicatrizes. Ela reduz a taxa de infecções e a ocorrência de aderências pós-operatórias. Além de ter a vantagem estética, a abordagem por videolaparoscopia causa menos dores, agride menos o organismo e exige menos gastos de energia, o que torna a recuperação mais rápida e tranquila.

4. Quais os riscos associados a esse tipo de procedimento?

A cirurgia videolaparoscópica, como quase todo procedimento, envolve riscos, mas desde que feita por um profissional experiente eles são de muito baixa incidência e altamente compensados pelas suas vantagens em relação à cirurgia aberta. O risco de maior gravidade é a perfuração de órgãos como o intestino, estômago, aorta, etc., ou a ocorrência de hemorragias abdominais ou de peritonites. Ademais, produz algum desconforto em razão da distensão abdominal que acarreta e pode gerar problemas respiratórios e arritmias cardíacas.

5. Uma cirurgia videolaparoscópica pode tornar-se aberta?

Em 5% dos casos, as cirurgias videolaparoscópicas precisam ser revertidas em aberta. A incidência de conversão em cirurgia aberta varia, sobretudo, com a experiência adquirida pelo cirurgião.

6. Como é o pós-operatório do paciente que passou por uma cirurgia videolaparoscópica?

O pós-operatório é menos doloroso, o efeito estético é mais satisfatório e o paciente fica menos tempo internado, podendo voltar rapidamente a suas atividades normais.

7. Quais as opções de anestesia para a Videolaparoscopia?

A anestesia para a Cirurgia Videolaparoscópica do Aparelho Digestivo é a anestesia geral.

8. A cirurgia Videolaparoscópica é mais cara que a cirurgia convencional?

Somando os custos diretos e indiretos, a cirurgia Videolaparoscópica tem uma relação custo-benefício mais vantajosa do que a convencional. Embora tenha um custo intra-operatório um pouco mais elevado, a internação hospitalar é certamente mais curta e o retorno às atividades profissionais mais precoce.

Revista Imagem Real – Setembro 2016

http://www.hportugues.com.br/imprensa/revista-imagem-real